FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Com o diagnóstico precoce, as chances de sobrevida aumentam muito.
Um estudo feito no Reino Unido
mostrou que quase 90% dos casos de câncer de ovário podem ser diagnosticados
precocemente com a ajuda de apenas um exame de sangue. A pesquisa feita pela
University College London durou 14 anos e foi publicada na revista
especializada Journal of Clinical Oncology. Os primeiros resultados comprovam
que os tumores ovarianos liberam no sangue altos níveis de uma substância
química chamada CA125.
Foram feitos exames anuais de
rastreio em cerca 46 mil mulheres com 50 anos ou mais de idade para detectar o
nível do CA125. Cerca de 86% dos cânceres detectados nessas mulheres foram
descobertos no início. A porcentagem é quase duas vezes maior que de a outros
métodos de rastreio de câncer de ovário, segundo a pesquisa.
O patologista clínico Helio
Magarinos Torres Filho, ressaltou que o estudo mostrou que os marcadores sorológicos
conseguiram diagnosticar precocemente o câncer de ovário em casos que
normalmente não eram detectados. “Alguns tipos de tumores mais agressivos,
quando é detectado, já está em estágio mais avançado, e a mortalidade é muito
alta. Com o diagnóstico precoce, as chances de sobrevida aumentam muito”,
comentou. “Com esse câncer detectado no início, a paciente tem mais de 90% de
cura, mas quando é detectado em estágio mais avançado, a mortalidade
aumenta consideravelmente”, esclareceu.
O médico destacou que a técnica
não deve ser utilizada em todas as mulheres. “Há recomendação para os casos
mais suspeitos, quando a paciente tem na família alguém que já teve esse tipo
de câncer, quando há a descoberta de alguma estrutura suspeita. Aí, pode-se
usar o marcador para se determinar se é um tumor ou se é maligno”.
Segundo o Instituto Nacional de
Câncer (INCA), o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser
diagnosticado e o de menor chance de cura. Quando descobertos, aproximadamente
três quartos já estão em estágio avançado. Em 2014, foram mais de 5.600 novos
casos, com mais de 3 mil mortes 3.027, de acordo com o levantamento do
Ministério da Saúde.
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