FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Novela das onze mostra que o efeito da droga é
devastador e gera danos irreversíveis.
O
último levantamento feito pelo Governo Federal sobre o crack no Brasil, apontou
que cerca de 370 mil pessoas no país usam a droga regularmente e que um em
cada nove usuários rouba para sustentar o vício.
Esse
número alarmante mostra que o consumo de substâncias lícitas e ilícitas
tem sido um dos mais preocupantes problemas de saúde pública enfrentados no
Brasil.
Para
reverter e minimizar esse quadro, entre 2011 a 2014, o governo investiu R$ 3,6
bilhões em ações no Programa de Políticas sobre Drogas (Senad) para desenvolver
medidas de prevenção, atendimento a usuários e combate às drogas.
Esse
grave problema vem sendo retratado em horário nobre pela novela Verdade
Secretas, que mostra o drama enfrentado pela personagem viciada em crack
Larissa, interpretada pela atriz Grazi Massafera.
A jovem
modelo aos poucos se desliga da carreira em decorrência ao vício em crack e, na
reta final da trama, as cenas que mostram a moça habitando a Cracolândia, junto
a outros viciados, estão ganhando cada vez mais destaque.
O uso
dessa substância é altamente destrutivo e atinge praticamente todo o
organismo, como o sistema nervoso, pulmões, coração, rins,
trato gastrointestinal e muitos outros.
O
dependente de crack quase não se alimenta e tem dificuldade para dormir,
situações que resultam em um rápido processo de desnutrição, associado a
quadros de náusea, perda de peso, redução do apetite, dores abdominais
e diarreia.
Uma
pessoa adulta e dependente da droga pode perder até dez quilos em um único mês,
além de passar a não ligar mais para manter hábitos básicos de higiene e
cuidados com a aparência.
Quando
o dependente químico faz uso do crack, começa a sentir também fortes dores
de cabeça e tonteiras – que são consequência das inflamações dos
vasos cerebrais - e a inalação da fumaça pode
causar lesões na laringe, traqueia e brônquios,
situações que favorecem o desenvolvimento de doenças como
a pneumonia e a tuberculose.
Como a
droga aumenta a liberação de adrenalina no corpo, o sistema cardíaco também
pode sofrer as consequências da produção desse hormônio em excesso.
Usuários
de crack apresentam aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial,
arritmias, isquemias e maior risco de desenvolver infarto agudo do
miocárdio.
Dados
revelam ainda que o uso do crack é superior ao da maioria das drogas
ilícitas e aumenta o risco de morte em oito vezes em relação à população em geral.
A
duração do efeito da intoxicação chega a, aproximadamente, cinco minutos. Como
esse prazo de efeito é considerado baixo, ele leva o usuário à busca imediata
por mais droga.
Atualmente
um tratamento realizado em Paulínia/SP, pelo no Instituto Brasileiro de
Terapias Alternativas (IBTA),à base da Ibogaína - extraída da raiz da
Iboga, uma planta nativa da África - vem revolucionando a recuperação de
dependentes químicos.
Os
resultados definitivos foram apresentados em apenas cinco dias. Em um cenário
onde a maioria das alternativas são ineficazes, o tratamento oferece uma real
chance de recuperação para os dependentes químicos e suas famílias.
O
naturopata, mestre em medicina chinesa e administrador do IBTA, Rogério Moreira
de Souza, afirma que os benefícios do uso responsável da substância são
positivos e cortam, principalmente, a fissura do usuário pela droga.
“Ela
atua no fígado, onde ativa a enzima chamada GDNF (enzima responsável pelas
reconexões neurológicas). Logo após o tratamento nota-se ausência total à
fissura e abstinência de suas drogas de uso, além do aumento da concentração e
foco, do prazer e satisfação nas pequenas coisas do dia a dia, através da
amplificação do hormônio da dopamina e neurotransmissor serotonina, o que
garante com todo esse conjunto de benefícios uma sensação de liberdade que se
opõe a escravidão das drogas”, disse.
O IBTA se
propõe a desintoxicar corpos e mentes de forma natural. O fitoterápico para a
desintoxicação por abuso de substância tem sido bem-sucedido no tratamento de
indivíduos com uma série de vícios diferentes, tais como álcool, cocaína,
heroína, crack, medicamentos opiáceos e produtos farmacêuticos.
"A
ibogaína reseta o cérebro. Por isso, recomendamos um trabalho psicológico
pós-tratamento, pedindo para que a pessoas evitem os hábitos que podem levar de
volta à adicção", conta Souza.
Por
isso, é fundamental que amigos e familiares ofereçam ajuda aos dependentes
químicos em clínicas especializadas no tratamento como o IBTA, que há
14 anos já recuperou cerca de 80% dos usuários que foram atendidos por
eles.
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