FONTE: iG - O Dia, TRIBUNA
DA BAHIA.
Polícia descobriu mais de mil mensagens de texto.
Em uma delas, ela disse que poderia ter impedido morte do adolescente.
Uma
jovem de 18 anos é acusada de incentivar o suicídio do namorado, de 17, depois
de a polícia obter mais de mil mensagens de texto que ela enviou para o rapaz.
Segundo a promotoria de, de Bristol, em Massachusetts, nos EUA, Michelle Carter
será julgada por homicídio involuntário pela morte de Conrad Roy, que sofria de
depressão, segundo o "Whashington Post".
"Honestamente,
eu poderia ter impedido", chegou a escrever Michelle para uma amiga.
"Estava no telefone com ele quando ele saiu do carro por causado monóxido
de carbono, mas falei para ele voltar", confessou.
Conrad
morreu sufocado em seu carro, por monóxido de carbono, em julho de 2014.
"Você finalmente será feliz no céu. Não vai sentir mais dor", dizia
Michelle em uma das mensagens trocadas pelo casal. "É normal estar
assustado. Quer dizer, você está prestes a morrer".
Apesar
de o advogado da jovem alegar que ela só queria consolar Conrad e que acabou
sofrendo uma "lavagem cerebral" para apoiar seu plano suicida, a
troca de mensagens entre os dois revela outro contexto.
Em um
dos diálogos, o rapaz pergunta como foi o dia de Michelle e ela reponde
questionando: "Quando você irá fazer?". Após ele afirmar que estava
tendo um "dia realmente bom", ela fala: "Pare de ignorar a
pergunta. Quando você vai fazer???"
A
polícia descobriu que Michelle pediu que o namorado apagasse suas mensagens de
texto porque ela poderia ir para a cadeia por causa delas.
A
família de Conrad contou ao jornal "Washington Post" que o
adolescente já havia tentado suicídio antes. "Pensamos que ele estivesse
melhorando", disse um familiar. Ela contou à polícia que não pôde avisar à
família sobre a intenção de suicídio do namorado pois não tinha o telefone da
mãe dele.
Michelle
chegou a dizer ao então namorado que iria consolar sua família após seu
suicídio e deu instruções sobre como ele deveria praticar o ato. "Não há
nada que ninguém faça que vá te salvar, nem você mesmo", ela disse a
Conrad. Na manhã de sua morte, ele disse que não sabia quando iria fazer, mas
que já tinha tudo que precisava. Então a jovem sugeriu que ele cometesse
suicídio em um estacionamento.
Michelle
se tornou uma defensora de causas pela saúde mental. Ela escreveu em sua página
no Facebook: "Embora não tenha conseguido salvar a vida do meu namorado,
quero tentar salvar o maior número de vidas possível". Atualmente, ela
espera o julgamento em liberdade, sob fiança, e foi proibida de usar redes
sociais.
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