FONTE: Gustavo Mause, especial para o Ig, TRIBUNA DA BAHIA.
Apesar de também picar os pets,
mosquito Aedes aegypti transmite doenças apenas para humanos; potinhos de água
dos bichos podem virar criadouros.
Com a crise de dengue, é importante ficar
atento para saber como se proteger. As informações sobre como evitar focos de
proliferação do Aedes aegypti, utilizar corretamente repelentes, observar
os sintomas das doenças e tratá-las em caso de infecção estão em todo lugar. M
as e quem tem animais de estimação em casa? Donos de gatos,
cachorros, passarinhos e outros bichos ficam ainda mais aflitos, de olho também
na segurança deles. No entanto, não é necessário se preocupar. Apesar
do Aedes aegypti picar animais, o mosquito transmite a dengue – assim
como o zika vírus e a febre chicunguya – apenas para humanos.
“O Aedes aegypti não transmite doenças aos
animais de estimação. Existe um estudo que menciona a preferência do mosquito
por uma proteína presente no sangue humano. Embora haja algumas menções sobre a
transmissão de outras doenças, nada foi provado”, afirma a bióloga Heloisa
Helena Kuabara.
Entretanto, os animais estão sujeitos a outras doenças. Em
países tropicais, como no Brasil, a leishmaniose é uma das doenças
infectocontagiosas mais perigosas, comum em muitas regiões. Os cachorros
costumam ser mais afetados, podendo ter lesões graves no fígado, baço e
rins.
“A leishmaniose é transmitida por outro mosquito, o
flebótomo [conhecido como ‘mosquito-palha’], não tendo relação direta com
o Aedes aegypti. Porém, as medidas de prevenção são compartilhadas até
certo ponto. É recomendável utilizar telas em portas e janelas e inseticidas de
ação residual na área externa da casa”, afirma a especialista.
De acordo com Rogério Moraes, do Hospital Veterinário Cães
e Gatos 24h, não existem repelentes verdadeiramente eficazes para
animais.
“Animais são muito sensíveis aos repelentes. Não é
recomendável utilizá-los. Além disso, se um humano estiver por perto, o Aedes
provavelmente não irá picar um cachorro ou um gato. Mesmo que acabe picando,
não transmitirá nenhuma doença”, afirma.
Cuidados com recipientes de água.
Embora os animais não peguem as doenças transmitidas
pelo Aedes aegypti, quem tem pets em casa deve ficar atento.
A água dos recipientes em que cachorros, gatos e outros
pets matam a sede não pode ficar parada. Limpar os pratinhos para evitar o
depósito de ovos do mosquito é fundamental.
"A água deve ser trocada diariamente, e o recipiente
lavado com bucha duas vezes por semana", explica Carolina Lázari,
infectologista do laboratório a+ Medicina Diagnóstica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário