FONTE: Fernanda Aranda, TRIBUNA DA BAHIA.
Publicada pelo Jolivi, site parceiro do Tribuna da
Bahia.
“Muito
dificilmente, mas muito dificilmente mesmo, um diabético consegue controlar a
doença sem o apoio de medicamentos”, sentenciou um importante nome da medicina,
durante a última atualização sobre o diabetes para jornalistas que participei.
E logo
após a sentença (que mais pereceu penitência), uma pesquisa apresentada pelo
presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Luiz Turatti, mostrou situação
alarmante.
De
acordo com a avaliação do índice glicêmico de 6 mil portadores da doença no
Brasil– marcador que mostra a taxa de açúcar no sangue e serve como um GPS do
risco da doença – 90% dos diabéticos tipo 1 (aquele tipo que costuma aparecer
na infância, não tem causa definida e é considerado problema autoimune) estão
em situação de descontrole da glicemia.
Entre
os diabéticos tipo 2 (doença que surge mais ou menos a partir dos 40 anos,
ligada aos hábitos de vida), a taxa de descontrole é de 76%.
Se por
um lado os números podem confirmar a tal dificuldade em manter os índices de
glicemia em padrão seguro sem a influência da medicação, por outro o
desequilíbrio pode estar justamente no ato de considerar somente o remédio como
um mecanismo de controle.
Isso
porque, apesar da indústria farmacêutica nos vender a ideia de que o
medicamento é o agente principal para controlar toda e qualquer doença, as
pesquisas científicas não cansam de revelar que a alimentação e o exercício
físico são as formas mais seguras de manter o diabetes em níveis de segurança.
Em
inúmeros casos, especialmente no diabetes tipo 2, a dupla dinâmica é suficiente
para, inclusive, acabar com a necessidade de uso de medicamentos.
Este é
um tema que vamos explorar cada vez mais na Jolivi, dado que a turma do
diabetes mundial ganhou 200 milhões de novos integrantes nos últimos 20 anos. Mas
para iniciar a nossa conversa, chamei um jovem advogado de 28 anos para um bate
papo. A história dele mostrar a mágica que a comida e o exercício podem fazer
nesta doença crônica.
No Café
com Saúde, Daniel Caldas divide a experiência de ter domando o diabetes tipo 1
(aquele que os números mostram que 9 em cada 10 não conseguem controlar) e
reduzido drasticamente a necessidade de tomar insulina – ação que salva vidas
daquelas pessoas que o pâncreas já está em colapso e não consegue mais produzir
este hormônio vital.
Se para
ele – que já convive com um pâncreas comprometido devido ao tipo de diabetes
que é portador – os efeitos dos novos hábitos de vida foram tão significativos,
imagina o que esta conduta não pode fazer por você.
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