sábado, 23 de janeiro de 2016

ANSIEDADE: ESTUDO MOSTRA PORQUE TENDEMOS A ERRAR QUANDO NERVOSOS...

FONTE:, (www.msn.com).


Todos sabemos que a ansiedade atrapalha. É só ficarmos nervosos com uma apresentação, performance, prova ou teste de algum tipo que acabamos não entregando o nosso melhor naquela tarefa e, por vezes, até cometendo erros banais. A novidade é que agora a ciência consegue explicar por que isto acontece.

Neurocientistas da Universidade de Sussex (Reino Unido) identificaram os mecanismos cerebrais que fazem com que não consigamos entregar aquilo que sabemos que somos capazes de fazer quando estamos ansiosos. O estudo foi publicado no periódico científico Scientific Reports.

Um dos fatores que causam ansiedade é sermos observados - o que é claramente visto em músicos, esportistas ou quando passamos pela prova prática de direção -, e os pesquisadores usaram este fator para tentar determinar o que acontece no nosso cérebro nesses momentos.


Pesquisas anteriores já haviam comprovado que as pessoas tendem a exercer mais força quando elas sabem que estão sendo observadas. Um exemplo são os pianistas, que inconscientemente apertam as teclas com mais força quando tocam para outras pessoas comparado quando eles tocam sozinhos.

Como foi realizado.
Neste estudo, a atividade cerebral dos participantes foi monitorada enquanto eles tinham que realizar atividades que demandavam que eles exercessem uma quantidade específica de força para lidar com um objeto.

Durante o experimento eles viam uma montagem de vídeo de duas pessoas que eles acreditavam estar avaliando a performance deles. Depois eles repetiam a atividade vendo outra montagem de duas pessoas que pareciam estar avaliando outro trabalho.

Os participantes reportaram que se sentiram mais ansiosos quando acreditaram que estavam sendo observados. Nesta condição eles apertaram o objeto com mais força sem soltá-lo. Os resultados também mostraram que uma área do cérebro que ajuda no controle das nossas funções sensório-motoras finas - o córtex parietal inferior - ficou desativado quando as pessoas sentiram que estavam sendo observadas.

Segundo explicação dos pesquisadores, esta parte do cérebro funciona em conjunto com outra região, o sulco temporal superior, chamada de rede de ação-observação. Nesta rede está envolvido o processo pelo qual tentamos adivinhar o que uma pessoa está pensando baseado em sua expressão facial e direção do olhar. O sulco temporal superior transmite esta informação ao córtex, que por sua vez gera as ações motoras adequadas.

Se sentimos que o observador quer que nos saiamos bem, nós teremos uma boa performance, mas se notamos algo negativo, nosso córtex é desativado e a performance desmorona.

Como se livrar do problema.

Para pessoas com muita ansiedade de desempenho, ou seja, que ficam extremamente nervosas antes de algum tipo de performance, existem técnicas como neurofeedback e estimulação cerebral. Mas é muito importante, segundo os pesquisadores, que a pessoa acredite que a audiência, quem a está observando, está apoiando o que ela está fazendo e desejando que tenha sucesso na sua performance. Para aumentar esta crença pode ser recomendado que a pessoa primeiro se apresente em um círculo de confiança e apoiadores do seu trabalho, para receber aplausos e elogios e então induzir a ativação deste padrão de autoconfiança no cérebro.

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