Infarto em mulheres pode ter causas e riscos diferentes
dos que acontecem em homens, de acordo com a pesquisa oficial da Associação
Americana do Coração (American Heart Association) sobre o assunto. De acordo
com a Associação, cerca de 50 mil mulheres morreram em decorrência de infarto nos
Estados Unidos. Elas representam um em cada cinco pacientes com doença
cardiovascular que passam pela triagem clínica, mas ainda se sabe muito pouco
sobre os fatores que provocam esses problemas em mulheres.
O infarto acontece quando as artérias que suprem o sangue
para o coração estão parcialmente ou totalmente obstruídas, reduzindo o fluxo
cardíaco e danificando o músculo cardíaco. As substâncias que entopem as
artérias e contribuem para a formação de coágulos sanguíneos se formam de
maneiras diferentes em homens e mulheres, segundo descrito. Em algumas
mulheres, especialmente as mais jovens, as placas não chegam a entupir as
artérias, mas ainda podem formar coágulos que levariam ao infarto. A melhor
forma de tratar este tipo de infarto também pode ser diferente da dos homens,
mas ainda é necessário mais pesquisa para determinar a técnica mais
recomendada.
Outras
diferenças entre infarto em homens e mulheres incluem:
- Durante um ataque cardíaco, mulheres e homens
frequentemente sentem dores no peito, mas mulheres podem experimentar sintomas
diferentes como dores nas costas, braço, pescoço, mandíbula ou náusea, fraqueza e até um
sentimento de pavor.; Elas esperam mais tempo para conseguir tratamento, a
média de atraso em mulheres é de 54 horas e em homens 16.; Apesar de ambos os
sexos apresentarem diabetes tipo dois e hipertensão como
fatores de risco para o infarto, eles são mais potentes em mulheres.; Mulheres
que sobrevivem a um infarto estão mais sujeitas a ter complicações como choque, hemorragia ou insuficiência cardíaca.; Mulheres com depressão têm uma
chance 50% maior de ter um infarto do que aquelas que não vivem com o problema.
Ainda não está completamente clara a relação entre depressão e infarto, mas os
autores acreditam que pode ser devido a pacientes com depressão estarem menos
dispostos a seguir um estilo de vida saudável.; Eles ainda descobriram
diferenças nos riscos entre diferentes etnias nos Estados Unidos. Por exemplo,
mulheres afro-americanas têm maior incidência de infarto comparadas às brancas,
e hispânicas estão mais sujeitas a terem um infarto relacionado aos fatores de
risco como diabetes, obesidade e
hipertensão arterial.
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