FONTE: Paula Moura, Colaboração para o UOL,
(noticias.uol.com.br).
Trocamos de pele o
tempo todo, ou seja, também enquanto estamos dormindo, e essas células mortas
ficam na roupa de cama. Se fosse só essa a sujeira, menos mal, mas essas
células mortas são um alimento bem atrativo para micro-organismos. Entre eles,
estão as bactérias da nossa própria pele, que não costumam fazer mal, e os
ácaros, invisíveis aos nossos olhos e velhos conhecidos das pessoas que têm
alergia.
Entre os esconderijos favoritos desses insetos estão os colchões e travesseiros. "O que mais vamos encontrar em nossas roupas de cama são os ácaros", explica. Ralcyon Teixeira, infectologista do Hospital Emílio Ribas. "Eles vão se acumulando dentro do colchão e do travesseiro, que são feitos de fibras naturais ou semi-sintéticas."
Entre os esconderijos favoritos desses insetos estão os colchões e travesseiros. "O que mais vamos encontrar em nossas roupas de cama são os ácaros", explica. Ralcyon Teixeira, infectologista do Hospital Emílio Ribas. "Eles vão se acumulando dentro do colchão e do travesseiro, que são feitos de fibras naturais ou semi-sintéticas."
Troca semanal.
Os especialistas
ouvidos pelo UOL concordam que não há um tempo máximo ou
mínimo, o que importa é o bom senso. "Mas, pensando nos ácaros, o ideal é
trocar semanalmente. Quanto menos ácaros, menores serão os problemas com rinite
alérgica, asma e alergias de pele", diz Teixeira. "Um ambiente sempre
arejado também é o mais recomendado."
No caso dos
cobertores e edredons, basta lavar no início e ao final da estação de uso,
explica a microbiologista Maria Teresa Destro. "Durante o uso, eles devem
ser colocados para tomar ar pelo menos uma vez por semana."
Para limpar os
lençóis e fronhas de pessoas saudáveis, basta lavá-los com sabão em pó e secar
preferencialmente ao sol, cujos raios ultravioleta matam os ácaros.
"Para crianças
com menos de três anos, que são mais sensíveis, é recomendável passar
também", diz Maria Teresa, professora associada da USP (Universidade de
São Paulo). "Uma vez por semana ou a cada quinze dias é recomendável
passar um aspirador de pó no colchão e no travesseiro."
Limpeza mais intensa no
calor.
Gustavo Johanson,
infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), lembra que o
clima influencia muito. "Vai do bom senso e, se o clima está muito quente,
suamos mais e o ideal é trocar a cada dois ou três dias. Em clima mais seco e
frio, troca-se com menos frequência. O calor, o suor e a pele morta são
ambientes ideais para a proliferação de microrganismos", explica.
Outros microrganismos
que podem aparecer são os fungos, que podem causar doenças ou não. E há outros
dois insetos que podem habitar as roupas de cama de pessoas saudáveis: as
pulgas e os percevejos. "Os percevejos são mais comuns no hemisfério Norte
e chegam até a ser encontrados camas de hotéis de quatro, cinco estrelas. A
única forma de eliminá-los é se desfazer do colchão. Já a pulga pode ser eliminada
com limpeza do colchão e da roupa de cama".
Em caso de doença.
A coisa muda de
figura se uma pessoa tiver doenças como sarna, escabiose (piolho), chato
(piolho pubiano), oxiúros, micoses, machucados e escaras (feridas que se formam
quando pessoa fica muito tempo na cama). Nesses casos, os especialistas
recomendam lavar todos os dias, evitar chacoalhar o lençol ao retirá-lo e lavar
com água quente acima de 60° C, secar na secadora ou passar na mesma
temperatura.
A microbiologista
Maria Teresa também recomenda o uso de um protetor entre a cama e o lençol para
crianças e idosos que possam ter problemas para conter a urina à noite.
"O colchão é
feito de espuma e absorve a umidade, por isso é preciso limpar com água e
deixar secar completamente. Secar é a melhor coisa, pois sem umidade não cresce
bactéria", diz.
Para manchas de
menstruação, ela recomenda a higienização com água oxigenada volume 10, que
quebra as moléculas de sangue. E, para as famílias que têm condições de
contratar uma limpeza com vaporização de colchão, ela sugere que seja feita a
cada seis meses.
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