FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
Uma a cada dez brasileiras até chega
a engravidar na tentativa de salvar a relação.
Associada
à união familiar e a pais felizes, a gestação também produz abalos de
relacionamento entre os futuros pais com consequências sérias.
A
pesquisa do Trocando Fraldas, portal sobre maternidade e
fertilidade, apura a dimensão geral do problema no Brasil e, em especial,
do abandono paterno. Sendo um tema pouco abordado e discutido, o assunto
afeta direta e indiretamente quase dois terços da população.
Mais de
20 milhões de brasileiras criam seus filhos sem a presença do pai, segundo um
estudo do Instituto Data Popular. Esse destino é muitas vezes imposto a 46% das
mães antes ou durante a gravidez, quando enfrentam abalos no relacionamento com
o pai.
Uma a
cada dez brasileiras até chega a engravidar na tentativa de salvar a relação.
Os maiores motivos dos abalos são mudanças comportamentais e falta de
maturidade com 32% e 26%, respectivamente.
Em 45%
dos relacionamentos abalados durante a gravidez, os homens chegam a deixar a
parceira pelo menos temporariamente e 36% dos abandonadores pedem um aborto.
Enquanto
a maioria assume a paternidade posteriormente, 37% nunca mais voltam para a
família. Como consequência do abandono, sete a cada 20 mulheres cogitam a ideia
do aborto.
O
problema de forma geral afeta 64% dos brasileiros que ou vivenciaram o abandono
ou conhecem casos de amigas e parentes afetadas.
Para
mais da metade das entrevistadas, a falta de maturidade e responsabilidade é
mais descritiva da atitude dos homens. Outras 32% atribuem ao caráter.
A
pesquisa foi realizada através de um questionário com 3 a 9 perguntas no final
de cada post do Trocando Fraldas entre os dias 6 e 11 de julho de 2016.
A
participação de todas as partes do Brasil com 1038 entrevistadas foi voluntária
e aleatória. A quantidade de perguntas variou conforme experiências pessoais e
se as mulheres foram afetadas ou não.
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