Até agora, o registro de
sobrevivência mais longa do vírus no sêmen havia sido de 62 dias após os
sintomas.
Um homem de 27 anos teve a presença do vírus da
zika detectada no sêmen, na França, 93 dias após relatar sintomas de uma
infecção adquirida em uma viagem à Tailândia, no Sudeste da Ásia - onde não há
epidemia de zika. O caso foi relatado por pesquisadores franceses em um artigo
publicado nessa sexta, 21, na revista científica The Lancet.
Até agora, o registro de sobrevivência mais longa do
vírus no sêmen havia sido de 62 dias após os sintomas. Segundo os autores, o
novo caso indica que pessoas que viajam para áreas onde não há epidemia de zika
também podem ser infectadas. O artigo sugere que o monitoramento dos pacientes
por seis meses depois do aparecimento dos sintomas, como recomenda o Centro de
Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, deveria ser estendido
também para pacientes que voltam de áreas não epidêmicas.
A equipe de cientistas foi coordenada por Jean Michel
Mansuy, do Centro Hospitalar Universitário de Toulouse, na França. Segundo os
pesquisadores, nenhum traço do vírus zika foi encontrado nas amostras de sangue
ou de urina do paciente, mas fragmentos do RNA do vírus foram detectados duas
vezes no sêmen.
Reservatório
Segundo o artigo, o paciente viajou à Tailândia entre 18 de outubro e 30 de novembro de 2015, foi picado por mosquitos, mas não se expôs a nenhum risco de infecção por zika depois de voltar à França. Sintomas moderados de zika - que incluíam fraqueza, dores no corpo e conjuntivite - apareceram no dia 6 de dezembro de 2015, exatos 93 dias antes da detecção do vírus no sêmen pela equipe de cientistas. “Os dados indicam que o sêmen pode conter o vírus zika produzido em um reservatório de replicação atualmente desconhecido”, escreveram os cientistas.
Segundo o artigo, o paciente viajou à Tailândia entre 18 de outubro e 30 de novembro de 2015, foi picado por mosquitos, mas não se expôs a nenhum risco de infecção por zika depois de voltar à França. Sintomas moderados de zika - que incluíam fraqueza, dores no corpo e conjuntivite - apareceram no dia 6 de dezembro de 2015, exatos 93 dias antes da detecção do vírus no sêmen pela equipe de cientistas. “Os dados indicam que o sêmen pode conter o vírus zika produzido em um reservatório de replicação atualmente desconhecido”, escreveram os cientistas.
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