FONTE: , (noticias.uol.com.br).
Para milhares de
pessoas, alguns sintomas são prenúncio de perigo: indicam que elas correm o
risco de sofrer um derrame cerebral nos meses seguintes. Esses sintomas são os
chamados miniderrames, ou acidentes isquêmicos transitórios (AIT).
Os sinais do miniderrame
são parecidos aos do derrame, porém mais fracos e de menor duração. Em alguns
casos, duram apenas alguns minutos. Mas nem por isso devem ser ignorados.
Segundo a revista da
Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, a Harvard Health Publications,
"cerca de 33% das pessoas que sofreram um AIT têm um derrame cerebral no
período de um ano".
"A cadeia de
eventos que levam a um AIT é basicamente a mesma que leva a um derrame
cerebral", afirmou o médico Louis Caplan em outro artigo da Harvard Health Publications.
Uma pessoa que tem
um AIT sofreu uma isquemia sem dano duradouro no cérebro. Mas as mesmas causas
subjacentes (de um derrame cerebral) ainda estão presentes e é muito provável
que provoquem um derrame cerebral em um futuro próximo."
Em artigo científico
publicado em 2009 pela Associação Cardíaca Americana (AHA, na sigla em inglês),
o médico Antonio Culebras diz que "os pacientes devem ser hospitalizados
imediatamente e receber todo o acompanhamento neurovascular".
Sintomas.
De acordo com a
associação britânica Stroke Association, um AIT é causado por uma falta
temporária de fluxo sanguíneo no cérebro e pode ser diagnosticado como um
derrame cerebral, apesar de os sintomas serem temporários.
É preciso estar
alerta quando uma pessoa apresenta debilidade repentina, incluindo dificuldade
para andar e uma sensação de confusão.
Os pacientes e
familiares precisam estar atentos também caso a pessoa apresente debilidade
repentina nos músculos do rosto: o rosto do paciente parece estar caído, geralmente
de um lado. O paciente sente como se esse lado estivesse adormecido.
Uma boa forma de
confirmar isso é pedir que o paciente sorria e observar se o sorriso está
desnivelado.
Outro sintoma é a
debilidade nos braços: a pessoa não consegue levantar os dois braços na altura
da cabeça.
É importante prestar
atenção se a pessoa sente que um dos braços está mais fraco. Para fazer o
teste, peça que ela levante os dois braços e observe se um deles cai.
Além disso, atenção a
dificuldades na fala, ou seja, quando o paciente tenta falar e o que sai é algo
lento, com muita dificuldade e de difícil compreensão.
Um bom teste é pedir
que o paciente repita uma frase simples, como "O céu é azul". Preste
atenção se ele repete corretamente.
Se uma pessoa
apresenta um desses sintomas, mesmo que eles tenham desaparecido pouco depois,
é importante levá-la ao médico imediatamente.
Faça também um
registro de tempo para que saiba quando o primeiro sintoma apareceu.
A Organização Mundial
de Saúde (OMS) reconhece que a maioria dos pacientes que sofreram um ou mais
miniderrames pode ter um derrame cerebral no futuro. Ao mesmo tempo, a
organização esclarece que uma pessoa também pode ter um derrame sem ter sofrido
um episódio de menor gravidade.
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