FONTE: julianateofilo em Bem-Estar, (tribunadoceara.uol.com.br).
Quando ingeridos adequadamente e
associados a hábitos saudáveis, os fitoesteróis ajudam a diminuir os níveis do
mau colesterol (LDL).
Muito se fala sobre quinoa, chia e linhaça, e não
é difícil encontrar quem seja adepto a uma barrinha de nuts – um mix de
oleaginosas – para controlar o apetite. Além de serem aliados do
emagrecimentos, esses alimentos figuram entre os parceiros de um coração
saudável e um colesterol perfeito. Isso porque são fontes importantes de fitoesteróis.
Os fitoesteróis estão presentes em alimentos
de origem vegetal, como óleos, oleaginosas, sementes, grãos, frutas e
legumes. Nos vegetais essas substâncias exercem a mesma função do colesterol
nos animais: manutenção da membrana celular. Já nos animais, apresentam o
efeito benéfico de melhorar os níveis de colesterol no sangue, por competirem
com ele no momento da absorção intestinal.
Mas a médica Talita Poli Biason,
gerente da unidade MIP Aché, alerta. “Não se pode esquecer, sobretudo, que você
deve ser orientado a adotar uma dieta com redução de gorduras saturadas e de
gorduras trans”.
A especialista explica que, em dietas comuns, são
ingeridos apenas 100 a 400 mg da substância por dia, passando longe das
recomendações diárias que variam entre 1,3 a 2g de fitoesteróis por dia. Os
resultados da ingestão adequada, por sua vez, começam a ser evidentes a partir
da terceira semana de consumo, diminuindo o colesterol LDL (indesejado),
quando associado a hábitos saudáveis, dieta balanceada e prática de exercícios
físicos. A dica da médica é incorporar esse nutriente a todas as refeições, já
que estudos envolvendo consumo de fitoesteróis mostraram mais eficiência na
absorção quando consumidos ao longo do dia.
“Certamente, o estilo de vida, que engloba os
hábitos alimentares e exercícios regulares, precisa ser seriamente considerado.
Uma dieta saudável é a pedra angular da prevenção de doenças cardiovasculares.
Por este motivo, nada melhor do que rever alguns conceitos, a fim de obter uma
melhor qualidade de vida”, finaliza Talita.
Xô dúvidas.
De “colesterol bom” e “colesterol ruim” todo
mundo entende um pouco. Todos sabemos que o LDL é ruim e o HDL é bom para o
coração e para as nossas artérias. Mas ainda restam algumas dúvidas: porque
eles são chamados assim? Devemos retirar completamente o LDL da nossa dieta? O
que fazer para ter uma dieta equilibrada e longe do temido colesterol alto?
O LDL (do inglês, Low Density Lipoprotein) é a
partícula que leva o colesterol para os tecidos corporais, mas, em excesso, o
LDL pode sofrer modificação e se depositar na parede das artérias. O HDL (do
inglês, High Density Lipoproteins), por sua vez, é a partícula “faxineira” do
sangue, fazendo o caminho contrário. Quando em altas concentrações, evita o
acúmulo de LDL nas artérias, diminuindo a formação de placa de gordura.
Mas atenção! Não dá para excluir completamente o
colesterol da dieta, seja ele bom ou ruim. Até porque cerca de 70% do
colesterol que circula em nossas veias nós mesmo produzimos, restando, apenas,
30% para ser adquirido pela alimentação. Além disso, o nutriente é componente
importantíssimo na síntese de hormônios, inclusive os sexuais, além de auxiliar
no metabolismo e na regeneração celular.
Especialistas indicam, portanto, bom senso ao se
alimentar, de forma a não eliminar completamente alimentos da dieta, mas evitar
o consumo em excesso de colesterol. Então vale apostar em óleos vegetais,
consumir menos carne vermelha – principalmente as gordas – e apostar nas fontes
de fitoesteróis.
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