FONTE: Redação RedeTV!
(www.redetv.uol.com.br).
Pesquisadores da Universidade Sueca de Ciências Agrícolas
e da Universidade de Addis Ababa, que fica na Etiópia, descobriram que as
galinhas podem ajudar na prevenção da malária.
De acordo com o estudo, publicado no Malaria Journal, manter uma galinha viva em casa pode ajudar a afastar
os mosquitos transmissores da doença, porque eles são repelidos pelo odor
desses animais.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores coletaram
informações sobre moradores de três vilas na Etiópia e seus animais de
estimação. Assim, eles concluíram que as galinhas criam uma "bolha de
odor" que afasta os mosquitos da espécie Anopheles arabiensis (a principal
transmissora da doença). Além disso, suspender uma gaiola com uma galinha perto
da cama teve um efeito semelhante ao de repelentes.
Eles ainda descobriram que os mosquitos preferem sangue
humano ao animal, mas que, na ausência de pessoas, eles atacam gado bovino,
cabras ou ovelhas. Mas nunca se aproximam de galinhas.
"A diferença entre esse repelente natural e os que
estão disponíveis no mercado é que esse atua em uma escala muito grande",
explica o professor Richard Ignell, da universidade sueca. "A maioria dos
repelentes só funciona depois que o mosquito pousa em você, mas sabemos que
isso [as galinhas] pode proteger 95% da população de uma casa inteira, então é
muito eficiente", acrescenta.
Ao Telegraph, o professor ainda afirmou que acredita que
as galinhas podem ajudar também na prevenção ao Aedes aegypti, mosquito
transmissor do zika vírus, mas destaca que, por enquanto, não é possível provar
essa hipótese: "Nós ainda não testamos isso com outros mosquitos, mas há
uma muitos deles que não se alimentam de galinhas e, assim, seriam repelidom
por elas".
Casos pelo mundo.
Em 2015, a malária matou 438 mil pessoas em todo o mundo,
segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A área mais atingida é a
África Subsaariana, região onde fica a Etiópia, com cerca de 88% dos casos e
90% das mortes. No Brasil, a doença atingiu mais de 143 mil pessoas em todo o
Brasil no mesmo período, segundo dados recentes do Ministério da Saúde.
De acordo com a OMS, quase a metade da população mundial
– o que equivale a 3,2 bilhões de pessoas – ainda corre o risco de contrair a
doença.
A malária é uma doença infecciosa potencialmente grave,
causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem na maioria das
vezes pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados. No entanto, também
pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou
até mesmo da mãe para feto, na gravidez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário