O inverno chegou e, com ele, uma série de incômodos e
inflamações comuns no período mais frio do ano. A sinusite é uma delas: atinge
cerca de 30 milhões de brasileiros por ano. Deste total, 10% dos casos tem
origem ligada a problemas dentários ou procedimentos odontológicos mal
sucedidos.
A sinusite é causada por inflamações nos seios maxilares,
área do crânio próxima à arcada dentária, separada dos dentes posteriores
apenas por uma camada de ossos e ligada à região bucal por diversos vasos
sanguíneos. Entre os problemas que podem desencadear a inflamação, a cárie em
estado avançado é um dos principais. Segundo o dentista Juliano Borges Peres
(CRORS 14206), um dente em processo infeccioso pode criar uma lesão na sua
raiz, atingindo o seio maxilar e causando a inflamação que origina a sinusite.
Procedimentos dentários mal sucedidos também podem
inflamar os seios faciais. Em determinadas extrações dentárias, pedaços da raíz
de um dente ou mesmo produtos utilizados durante a operação podem acabar
gerando uma inflamação na área. Durante o tratamento inadequado de uma raíz,
por exemplo, um cisto pode acabar se formando na sua base, gerando um corpo
estranho que pode penetrar na cavidade do seio facial.
Em ambos os casos, é necessária a realização de uma
cirurgia simples de remoção dos corpos estranhos que estejam causando a
infecção. Embora ligada a complicações bucais em 10% dos casos, é recomendado
que o paciente consulte primeiro um otorrinolaringologista, profissional
mais indicado para exames que envolvam os seios maxilares. Para reconhecer o
que está originando a sinusite, é indicada uma tomografia computadorizada da
região. Entre os sintomas mais comuns, estão dor de cabeça, dor de dente e
gosto e cheiro ruim na boca.
Entre os sintomas da sinusite, a obstrução das vias
nasais pode fazer com que as pessoas afetadas pela inflamação respirem pela
boca, o que diminui a produção de saliva e causa secura, dificuldade de
deglutinação e lábios rachados. Para acabar com o ressecamento, é indicado
beber bastante água e evitar o consumo de tabaco, álcool e bebidas com cafeína,
como café, chás e refrigerantes.
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