Para fortalecer seu cérebro, você precisa
correr. Pelo menos, é o que diz um novo e sofisticado experimento
envolvendo pessoas, camundongos e macacos.
Os resultados desse estudo, divulgados no New York Times,
sugerem que exercícios de resistência de longo prazo, como a corrida, por
exemplo, podem alterar os músculos de forma que, em seguida, eles impulsionem
mudanças no cérebro e melhorem sua memória facilitando
o aprendizado.
A gente já falou, em várias outras oportunidades, sobre
os vários benefícios de uma atividade física regular, mas este estudo em
específico é bem mais detalhado ao analisar o benefício do aprendizado, por
exemplo.
Os pesquisadores do National Institutes of Health ficaram
instigados por estudos anteriores que apontavam a importância do movimento
físico na capacidade dos camundongos em desenvolver neurônios extras
e, então, resolveram ampliar as pesquisas para ver se o estímulo da produção de
novos neurônios realmente acontecia como consequência do movimento muscular.
Com a contração do músculo, nosso corpo queima
combustível e bombeia uma grande variedade de proteínas e outras substâncias.
Os pesquisadores suspeitam que algumas dessas substâncias
migram dos músculos para a corrente sanguínea até chegar no cérebro e,
lá, contribuem para a saúde mental.
Mas, até então, eles não sabiam quais substâncias
estavam envolvidas nesse processo.
Por isso, no novo estudo, que foi publicado mês passado,
os pesquisadores trabalharam exclusivamente com as células musculares dos
camundongos e, depois, realizaram testes com seres humanos. Os voluntários
realizaram, durante quatro meses, corridas de uma hora em esteiras pelo
menos três vezes por semana.
Através de testes de memória e velocidade de raciocínio,
os pesquisadores perceberam que o desempenho dos voluntários havia
aumentado. O estudo completo já foi divulgado e você pode acompanhar passo
a passo do processo na US National Library of Medicine.
Se você anda estudando demais para o vestibular ou
concurso público e não sai de casa nem para dar uma caminhada, talvez seja
interessante mudar seus hábitos.
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