Os
dados foram divulgados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que
contabilizou 38 ocorrências ao longo de 2018, contra 61 em 2017.
A capital baiana
apresentou, em um ano, uma redução de 62% no número de acidentes com escorpiões.
Os dados são do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de
Saúde, que contabilizou 38 ocorrências ao longo de 2018, contra 61 em 2017. O
levantamento do órgão apontou maior a incidência dos aracnídeos em 47 bairros
da cidade, com destaque para Boca da Mata, Canabrava e Itapuã.
De acordo com o CCZ,
período de chuva, desmatamento e época de reprodução, que acontece entre
janeiro e fevereiro, são as principais causas de aparecimento dos animais.
Também houve queda de 76% no número de animais capturados, de 91 em 2018, para
383 no ano retrasado.
Em contrapartida, 207
notificações da presença de escorpiões foram registradas no ano passado em
Salvador, enquanto em 2017 o centro catalogou 138 aparições, o que corresponde
a um aumento de 50% nas notificações.
Bahia
O número de acidentes
com escorpiões no estado também caiu. A baixa foi de 21.221 notificações em
2017, para 15.388 ocorrências em 2018, segundo informações do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação do Centro Antiveneno (Ciave) da Secretaria
da Saúde do Estado (Sesab).
O diretor do Ciave,
Jucelino Nery, lembrou que o animal se adapta facilmente ao ambiente doméstico.
Além do período de reprodução, problemas de saneamento básico, acúmulo de lixo
ou de entulho, bem como períodos de estiagem ou chuva prolongada podem
contribuir para o aparecimento dos escorpiões.
Segundo o especialista,
em caso de picada, é preciso lavar o local apenas com àgua e sabão e
procurar uma unidade de saúde , preferencialmente de urgência ou emergência,
imediatamente. "O tempo entre a ocorrência e o atendimento médico é muito
importante, principalmente quando se trata de crianças abaixo de sete anos de
idade. Elas são mais sensíveis, então o veneno oferece um risco maior para as
crianças do que para adultos", pontuou Jucelino Nery.
Caso a vítima consiga
capturar o escorpião, levá-lo consigo para a unidade de saúde é importante para
ajudar o médico a identificar a espécie. Uma forma segura de aprisionar o
animal é posicionando um pote de vidro por cima dele e, com a ajuda de uma
folha de papel, direcioná-lo para o interior do recipiente.
Ainda segundo Nery, nem
todo caso de picada de escorpião requer o uso de soro antiescorpiônico. Muitos
pacientes recebem apenas medicamentos para alívio da dor no local. No entanto,
só um médico será capaz de avaliar a necessidade de uso do soro.
Prevenção.
Manter quintais,
jardins e terreno baldios limpos, não acumular lixo doméstico nem entulho,
fechar as frestas das portas janelas e ralos, examinar bem roupas e calçados
antes de utilizar, manter berço e camas afastadas das paredes, além de
desinsetizar a casa para evitar a presença de baratas são algumas das medidas
preventivas que podem ser tomadas para evitar o aparecimento de escorpiões.
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