Um jovem norte-americano
de 18 anos ficou em estado crítico à beira da morte após engolir um palito
de dente que estava em um sanduíche. O caso foi
documentado e divulgado pelo periódico médico The
New England Journal of Medicine na quinta-feira
(31).
De acordo com as
informações, o jovem, que não teve o nome divulgado, nem se deu conta de que
havia engolido o item de 3 centímetros e só começou a buscar ajuda após passar
a sofrer com febre, dor abdominal e hemorragia retal.
Durante três semanas,
os médicos não conseguiam decifrar os sintomas para chegar a um diagnóstico e o
rapaz, que é atleta, continuou passando mal. A agonia durou até que um médico
do Massachusetts General Hospital, em Boston (Estados Unidos), pediu para que
ele fosse submetido a uma colonoscopia no dia seguinte.
Com febre de 40°C,
confusão mental e respiração acelerada, o jovem foi submetido a vários exames,
incluindo a colonoscopia, que (finalmente) identificou o motivo dos sintomas: o
corpo estranho no local.
O exame mostrou que o
palito havia passado pela maior parte do sistema digestivo sem causar nenhum
dano, porém, perfurou uma artéria ao chegar a parede gastrointestinal - o que
permitiu que bactérias invadissem a corrente sanguínea, além de provocar a
hemorragia.
Levado a uma sala de
cirurgia, o jovem teve o palito de dente removido do corpo, o que provocou uma
hemorragia imediata na artéria afetada. Apesar disso, os médicos não
interromperam o procedimento e realizaram outras operações para reparar a
artéria e o intestino do rapaz, que já estava apresentando sinais de sepse (uma
infecção generalizada e fatal).
O palito havia causado
um estrago tão grande que foi preciso remover cerca de 3 centímetros do
seguimento da artéria, remover uma veia da coxa e então encaixá-la no local
afetado. Para evitar que o inchaço interrompesse a circulação sanguínea na
perna, os cirurgiões ainda fizeram incisões na panturrilha do rapaz - a fim de
aliviar a pressão na área.
Uma semana após as
operações, o atleta pôde deixar o hospital e passou a fazer fisioterapia para a
recuperação completa. Muito preocupado que o incidente pudesse prejudicar seu
rendimento nos esportes, ele conseguiu participar de seu primeiro jogo
profissional cerca de sete meses depois da internação.
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