quarta-feira, 20 de março de 2019

ASPIRINA NÃO É MAIS RECOMENDADA PARA PREVENIR DOENÇAS CARDIOVASCULARES...


FONTE:, em São Paulo, https://vivabem.uol.com.br



Por muito tempo, recomendações de saúde pública dos Estados Unidos sugeriam que uma dosagem baixa de aspirina diariamente poderia proteger a população com mais de 50 anos de riscos de doenças cardiovasculares.

Agora, uma nova diretriz emitida em conjunto pelo American College of Cardiology e American Heart Association, afirma que "a aspirina deve ser usada com infrequência na prevenção primária de rotina de doenças cardiovasculares ateroscleróticas devido à falta de evidências". Ou seja, pessoas saudáveis não precisam usá-la diariamente após os 50 anos da idade.

A mudança foi baseada em estudos feitos em 2018, principalmente três artigos publicados em setembro no The New England Journal of Medicine. Um deles estudou 19 mil pessoas com mais de 65 anos e de diversas etnias e mostrou que a aspirina não só não ajuda na saúde, como causava aumento da mortalidade.

Os dois grupos concordaram que, para idosos com baixo risco --sem histórico prévio de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral -- o risco de sangramento gastrointestinal supera qualquer benefício cardíaco.

No entanto, isso não se aplica a pessoas que já tiveram AVC ou infarto, ou que já passaram por cirurgias de bypass ou colocaram stent nas artérias coronárias.

Prevenção primária de doenças do coração.
Abaixo, confira os principais pontos de prevenção primária apontados na diretriz:

A maneira mais importante de prevenir a doença vascular aterosclerótica, insuficiência cardíaca e fibrilação é ter um estilo de vida saudável ao longo da vida.

Cuidados com diferentes profissionais é uma estratégia eficaz para a prevenção de doenças cardiovasculares. Os médicos devem avaliar os determinantes de saúde que afetam os indivíduos para informar decisões de tratamento.

Adultos entre 40 e 75 anos de idade que estão sendo avaliados para prevenção de doenças cardiovasculares devem ser submetidos a uma estimativa de risco para doença cardiovascular aterosclerótica em 10 anos (ASCVD) e discussão de risco clínico-paciente antes de iniciar a terapia farmacológica, como terapia anti-hipertensiva, uma estatina ou aspirina.

Além disso, avaliar outros fatores que aumentam o risco pode ajudar a orientar as decisões sobre intervenções preventivas em indivíduos com quadros específicos.

Todos os adultos devem seguir uma dieta saudável que enfatize a ingestão de vegetais, frutas, nozes, cereais integrais, proteínas e minimizar a ingestão de gorduras trans, carnes processadas, carboidratos refinados e bebidas açucaradas. Para adultos com excesso de peso e obesidade, aconselhamento nutricional e restrição calórica são recomendados.

Os adultos devem realizar pelo menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos por semana de atividade física de intensidade alta.

Para adultos com diabetes tipo 2, mudanças no estilo de vida, tais como melhorar hábitos alimentares e se exercitar, são cruciais.

Todos os adultos devem ser advertidos sobre o perigo do uso do tabaco, e aqueles que usam a substância devem ser aconselhados a parar.

As intervenções não farmacológicas são recomendadas para todos os adultos com hipertensão.

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