Resumo
da notícia.
Pesquisa analisou as
motivações por trás do sexo sem uso de preservativos em 440 jovens adultos
Os resultados mostraram
como o processo de negociação do preservativo pode ser afetado pelo gênero,
orientação sexual e motivação de relacionamento.
Os cientistas esperam
que os resultados tenham implicações importantes na política de prevenção.
No momento em que as
IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) estão aumentando entre os jovens, um
estudo
publicado no periódico The Journal of Sex Research na terça-feira (19) resolveu
investigar as causas por trás do sexo inseguro.
Após analisarem 440
pessoas que se identificavam como heterossexuais ou homossexuais, os cientistas
descobriram que a vontade de estabelecer e manter relação romântica de longo
prazo com o parceiro aumentou a disposição em fazer sexo sem preservativo. Além
disso, o gênero e a orientação sexual da pessoa também têm um impacto nessa
decisão.
Os homens
heterossexuais, por exemplo, tendem a escolher estratégias mais passivas na
negociação do uso da camisinha e costumam concordar em fazer sexo sem proteção.
As mulheres heterossexuais tendem a escolher estratégias mais assertivas,
enquanto homens homossexuais tendem pelo equilíbrio, escolhendo mais
estratégias verbais do que os homens heterossexuais, mas sendo optando por
menos confrontos do que as mulheres.
Apesar das limitações
do estudo (ele não entrevistou mulheres homossexuais ou pessoas com outras
orientações sexuais), os resultados podem explicar alguns dos motivos e
raciocínios que influenciam comportamentos de risco. "Isso pode levar a
uma melhor prevenção", diz Shayna Skakoon-Sparling, da Universidade de
Guelph, no Canadá, que liderou a pesquisa. Os autores concluem que as
conclusões têm implicações importantes para a política de prevenção e devem
ajudar na criação de programas e intervenções de educação em saúde sexual mais
eficazes.
Como
o estudo foi feito.
Participaram do
experimento 177 mulheres heterossexuais, 157 homens heterossexuais e 106 homens
homossexuais, com idade entre 18 e 25 anos.
Para o estudo, os
pesquisadores pediram aos participantes lerem uma vinheta descrevendo um
encontro com um novo parceiro sexual/romântico hipotético e responderem a
perguntas sobre suas atitudes e motivação de relacionamento.
Os resultados indicaram
que, embora ambos os grupos de homens estivessem mais dispostos a praticar sexo
sem camisinha do que os participantes do sexo feminino, os homens que obtiveram
pontuações mais altas na motivação de relacionamento estavam menos dispostos a
fazê-lo.
As mulheres que
obtiveram pontuações mais altas em motivação de relacionamento estavam mais
dispostas a praticar sexo sem camisinha no cenário hipotético.
As descobertas sugerem
que gênero, sexualidade e motivação de relacionamento têm implicações
significativas para a tomada de decisão sobre saúde sexual no processo de
negociação de preservativos.
Camisinha
protege de IST e previne gravidez.
O preservativo é o
método anticoncepcional que apresenta maior variação entre a taxa de proteção
no uso perfeito (98%) e na vida real (82%), de acordo com um estudo
publicado no periódico científico Contraception. Isso é um indício de que boa
parte das pessoas não utiliza a camisinha de maneira certa.
Um dos erros mais
cometidos é usar o preservativo somente no fim da transa, quando o homem vai
ejacular. Segundo especialistas*, isso é arriscado, pois mesmo antes do orgasmo
o pênis libera secreção que pode conter esperma. Outras falhas comuns, que
aumentam o risco de estouro (e de gravidez), são não saber colocar o
preservativo e armazená-lo de forma inapropriada --deixar muito tempo na
carteira, no porta-luvas do carro (exposto ao calor) ou na bolsa, perto de
objetos pontiagudo (pentes, chaves, grampos de cabelo etc.).
Vale lembrar que a
camisinha é o único e mais seguro método para evitar Infeções Sexualmente
Transmissíveis (IST).
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