quarta-feira, 20 de março de 2019

ESTUDO EXPLICA POR QUE ALGUNS JOVENS ADULTOS FAZEM SEXO SEM CAMISINHA...


FONTE: *** , em São Paulo, https://vivabem.uol.com.br



Resumo da notícia.
Pesquisa analisou as motivações por trás do sexo sem uso de preservativos em 440 jovens adultos

Os resultados mostraram como o processo de negociação do preservativo pode ser afetado pelo gênero, orientação sexual e motivação de relacionamento.

Os cientistas esperam que os resultados tenham implicações importantes na política de prevenção.

No momento em que as IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) estão aumentando entre os jovens, um estudo publicado no periódico The Journal of Sex Research na terça-feira (19) resolveu investigar as causas por trás do sexo inseguro.

Após analisarem 440 pessoas que se identificavam como heterossexuais ou homossexuais, os cientistas descobriram que a vontade de estabelecer e manter relação romântica de longo prazo com o parceiro aumentou a disposição em fazer sexo sem preservativo. Além disso, o gênero e a orientação sexual da pessoa também têm um impacto nessa decisão.

Os homens heterossexuais, por exemplo, tendem a escolher estratégias mais passivas na negociação do uso da camisinha e costumam concordar em fazer sexo sem proteção. As mulheres heterossexuais tendem a escolher estratégias mais assertivas, enquanto homens homossexuais tendem pelo equilíbrio, escolhendo mais estratégias verbais do que os homens heterossexuais, mas sendo optando por menos confrontos do que as mulheres.

Apesar das limitações do estudo (ele não entrevistou mulheres homossexuais ou pessoas com outras orientações sexuais), os resultados podem explicar alguns dos motivos e raciocínios que influenciam comportamentos de risco. "Isso pode levar a uma melhor prevenção", diz Shayna Skakoon-Sparling, da Universidade de Guelph, no Canadá, que liderou a pesquisa. Os autores concluem que as conclusões têm implicações importantes para a política de prevenção e devem ajudar na criação de programas e intervenções de educação em saúde sexual mais eficazes.

Como o estudo foi feito.
Participaram do experimento 177 mulheres heterossexuais, 157 homens heterossexuais e 106 homens homossexuais, com idade entre 18 e 25 anos.

Para o estudo, os pesquisadores pediram aos participantes lerem uma vinheta descrevendo um encontro com um novo parceiro sexual/romântico hipotético e responderem a perguntas sobre suas atitudes e motivação de relacionamento.

Os resultados indicaram que, embora ambos os grupos de homens estivessem mais dispostos a praticar sexo sem camisinha do que os participantes do sexo feminino, os homens que obtiveram pontuações mais altas na motivação de relacionamento estavam menos dispostos a fazê-lo.

As mulheres que obtiveram pontuações mais altas em motivação de relacionamento estavam mais dispostas a praticar sexo sem camisinha no cenário hipotético.

As descobertas sugerem que gênero, sexualidade e motivação de relacionamento têm implicações significativas para a tomada de decisão sobre saúde sexual no processo de negociação de preservativos.

Camisinha protege de IST e previne gravidez.
O preservativo é o método anticoncepcional que apresenta maior variação entre a taxa de proteção no uso perfeito (98%) e na vida real (82%), de acordo com um estudo publicado no periódico científico Contraception. Isso é um indício de que boa parte das pessoas não utiliza a camisinha de maneira certa.

Um dos erros mais cometidos é usar o preservativo somente no fim da transa, quando o homem vai ejacular. Segundo especialistas*, isso é arriscado, pois mesmo antes do orgasmo o pênis libera secreção que pode conter esperma. Outras falhas comuns, que aumentam o risco de estouro (e de gravidez), são não saber colocar o preservativo e armazená-lo de forma inapropriada --deixar muito tempo na carteira, no porta-luvas do carro (exposto ao calor) ou na bolsa, perto de objetos pontiagudo (pentes, chaves, grampos de cabelo etc.).

Vale lembrar que a camisinha é o único e mais seguro método para evitar Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST).

*** Fontes consultadas em matéria do dia 15/06/18.

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