quarta-feira, 20 de março de 2019

POR QUE EU TENHO DIFICULDADE PARA ENGOLIR REMÉDIO?...


FONTE: *** Gabriela Ingrid,, em São Paulo, https://vivabem.uol.com.br



                           

A dificuldade de engolir substâncias líquidas ou sólidas é chamada de disfagia. Além de não conseguir deglutir --no caso, uma pílula --, o indivíduo pode sentir náusea pela presença física do comprimido na garganta ou até pelo tamanho dele. Se você tem esse problema, pode ser uma questão psicológica. Mas, mesmo que o considere algo banal, é melhor ir ao médico, pois a condição pode ser um alerta de algo mais sério.

Existem dois tipos de disfagia: a orofaríngea (quando há dificuldade de engolir na parte inicial do processo digestivo, ou seja, da garganta à faringe) e a esofágica (quando o problema está na passagem da substância entre o esôfago e o estômago). O diagnóstico das doenças que causam a disfagia se baseia justamente em qual dos dois tipos a pessoa tem.


Quando é orofaríngea, a musculatura estriada, que é a mesma que reveste braços e pernas, que é afetada. Entre as doenças que a afetam estão a miastenia grave (doença causada por uma falha de comunicação entre os nervos e os músculos), o AVC e até a doença de Parkinson. Já a esofágica pode ser sinal de doenças como esclerodermia (enrijecimento crônico da pele e dos tecidos conjuntivos), hipotireoidismo, diabetes e doença de Chagas. Além disso, obstruções causadas por tumores benignos ou malignos e esofagites também podem impedir a deglutição.

Caso o problema seja psicológico, você pode pensar em soluções em casa para facilitar a deglutição. Só não triture ou dissolva o medicamento, pois isso pode comprometer sua eficácia.

Seja lá qual for o problema, é importante procurar um médico. O diagnóstico precoce (e preciso) pode tratar rapidamente uma doença grave ou simplesmente garantir que o remédio seja absorvido pelo organismo de forma adequada.

*** Fontes: Décio Chinzon, médico gastroenterologista e secretário-geral da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologista); Ricardo Barbuti, gastroenterologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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