O próximo 10 de
setembro será o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Em razão disso, desde
2015, algumas associações se mobilizaram para criar o "Setembro
Amarelo", uma campanha de conscientização sobre
a prevenção ao suicídio.
"A ideia é pintar,
iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, garantindo mais
visibilidade à causa", diz o movimento, liderado por CVV (Centro de
Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação
Brasileira de Psicologia).
Segundo a OMS
(Organização Mundial da Saúde), nove em cada dez mortes por suicídio podem ser
evitadas. No Brasil, 32 pessoas se matam por dia. No mundo, há uma morte do
tipo a cada 40 segundos. Por isso, o movimento é feito para mostrar que a
prevenção é fundamental para reverter a situação.
Para a campanha
"Setembro Amarelo", "a primeira medida preventiva é a
educação". "É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O
caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar,
estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o
assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade", diz o grupo.
O suicídio é um
fenômeno complexo, de múltiplas determinações, diz a campanha. "Mas saber
reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante
passo", pontua o grupo. Fatores que merecem atenção são isolamento,
mudanças de hábitos, perda de interesse por atividades que gostava, descuido
com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono
e no apetite.
O suicídio é um ato de
comunicação. Quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento,
que de tão imenso, parece insuportável.
Setembro Amarelo.
De acordo com o grupo,
para fazer propaganda da causa, ficarão com iluminação amarela monumentos e
prédios como Cristo Redentor, o Congresso
Nacional e o Palácio do Itamaraty, o estádio Beira-Rio e o
elevador Lacerda, entre outros.
O movimento, porém,
lembra que "todos podem ser divulgadores desta importante causa".
"Ações na rua, caminhadas, passeios ciclísticos, roupas amarelas ou
simplesmente o uso do laço no peito já despertam atenção e contribuem para a
conscientização", diz o grupo.
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