FONTE: *** Jairo Bouer, https://doutorjairo.uol.com.br/
Você já deve ter ouvido
falar que homens e mulheres encaram ciúme e traição de maneiras diferentes.
Enquanto eles tendem a se incomodar mais com o envolvimento sexual da parceira
com outro, elas sofrem mais quando percebem que o parceiro está ligado
emocionalmente a outra mulher. Mas um estudo sugere que, apesar dessas diferenças,
as chances de perdão são as mesmas para ambos, e isso não tem ligação nenhuma
com o tipo de infidelidade cometida.
Pesquisadores da
Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia analisaram diversos trabalhos
publicados sobre o tema, e depois submeteram 92 casais heterossexuais a uma
série de questões com base em cenários hipotéticos. É um estudo pequeno, que
não pode ser considerado definitivo, mas os resultados são interessantes.
A análise dos
resultados, publicada no Journal
of Relationships Research, confirma a ideia bastante difundida sobre as
preocupações diferentes que homens e mulheres têm em relação à infidelidade.
Mas eles ficaram surpresos ao descobrir que os mecanismos que os levam a
perdoar, ou não, o parceiro ou a parceira são basicamente os mesmos.
A tendência a terminar
tudo, ou não, depende do quão ameaçadora para a relação essa infidelidade
parece ser. Em outras palavras, as circunstâncias importam (quem era a outra
pessoa, por exemplo), assim como questões individuais (como inseguranças,
autoestima, experiências passadas etc). Mas a questão do sexo ou do
envolvimento emocional não determinam o perdão.
O estudo também mostrou
que a qualidade do relacionamento também não pesa tanto na decisão, segundo as
entrevistas. Muita gente acredita que um namoro consistente, ou um casamento sólido
de verdade não se deixa abalar por uma traição. Mas não foi isso que os autores
verificaram.
A questão da culpa
também foi variável. Na infidelidade emocional, isso interferiu nas chances de
o traído querer terminar ou não. Mas quando há sexo na história, a percepção de
homens e mulheres é a mesma: quem se envolve sexualmente sempre vai ser
considerado culpado.
Saber se o parceiro é
capaz de manter distância da “terceira pessoa” é outro fator que parece ser
levado em conta na hora de cogitar uma segunda chance. Infelizmente, a
maioria das pessoas, independente de sexo e tipo de infidelidade, acha
improvável perdoar o parceiro que trai. Segundo os pesquisadores, que estudaram
160 culturas diferentes, essa é uma das principais razões por trás de rompimentos
no mundo todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário