FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Problemas gastrointestinais afetam 20% da
população mundial, segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia. No
entanto, sintomas como azia, má digestão, dor de estômago, constipação e diarreia
são, muitas vezes, negligenciados pelas pessoas.
A lista de doenças relacionadas ao sistema
digestivo é grande: gastrite, síndrome do intestino irritável, dispepsia
funcional, apendicite, úlceras, pancreatite, distúrbios hepáticos, hemorróidas,
doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Porém, a pergunta que fica é: como
saber quando aquela sensação incômoda no estômago deve ser investigada?
O endoscopista do Hospital
Villa-Lobos, Alexandre de Sousa Carlos, explica: “Perda de peso significativa sem causa aparente, presença de anemia,
sangramento nas fezes, dor abdominal que não melhora com analgésicos comuns,
icterícia (cor amarelada dos olhos), dificuldade de engolir e vômitos
incoercíveis podem sinalizar doenças mais graves”, enumera.
Ele ressalta que dores de
estômago podem indicar muitos distúrbios, como dispepsia funcional, doença do
refluxo gastroesofágico, úlcera gastroduodenal, câncer de estômago, cálculo da
vesícula, pancreatite e até doenças cardiovasculares como o infarto do
miocárdio.
“O que leva a pensar em doenças
mais graves é o alívio apenas parcial do quadro álgico (com dor) e associação
com os sintomas de alerta. Assim, são necessários exames complementares para se
afastar outras causas orgânicas”, diz o especialista. Segundo ele, alimentos
“açucarados”, frituras, álcool e os xenobióticos, tais como conservantes,
corantes para alimentos e pesticidas são prejudiciais ao aparelho digestivo e
devem ser consumidos com muita cautela. “Uma dieta equilibrada e saudável é o ideal. Tudo em excesso
torna-se prejudicial”, explica o médico do Villa-Lobos. Além da alimentação,
fatores ambientais, genéticos e emocionais também podem desencadear problemas
digestivos.
No caso das mulheres, as estatísticas são
robustas: no ano passado um estudo feito pela Federação Brasileira de
Gastroenterologia revelou que 67% das mulheres sofrem de distúrbios desse tipo.
Constipações intestinais, por exemplo, atingem 26% delas.
A prisão de ventre – como é conhecida - pode
ser combatida com a adoção de alguns hábitos, segundo o especialista: ingestão
diária e adequada de líquidos, dieta rica em fibras, prática de atividades
físicas e controle da ansiedade e estresse. No entanto, o mais importante é
ficar de olho nos sintomas e correr para o médico, ele sim vai saber orientar
se a dor de estômago necessita ou não de investigações mais detalhadas.
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