FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
A australiana Beth
Whaanga, 33 anos, decidiu postar no seu perfil do Facebook fotos em que, só de
calcinha, mostra as terríveis cicatrizes deixadas pelas cirurgias e tratamento
contra o câncer de mama. A iniciativa teve como objetivo conscientizar as
pessoas de que o câncer pode acontecer com qualquer um. Mas nem todos os amigos
dela aprovaram a ideia: mais de 100 já a excluíram da rede por achar as imagens
ofensivas.
Whaanga recebeu o
diagnóstico de câncer há um ano, no seu aniversário. Ela descobriu que é
portadora da mutação no gene BRCA2, o que aumenta consideravelmente o risco de
ter câncer de mama e de útero. A atriz Angelina Jolie
anunciou ter feito uma mastectomia preventiva no ano passado, após saber que era portadora de mutação
em outro gene, o BRCA1, que também eleva o risco de câncer.
Cerca de 12% da
população feminina em geral irá desenvolver câncer de mama ao logo da vida,
enquanto cerca de 55 a 65% das mulheres que herdam uma mutação no gene BRCA1 e
cerca de 45% das que herdam no gene BRCA2 vão ter a doença até os 70 anos. No
caso do câncer de útero, o risco é de 39% para quem tem mutação no BRCA1 e de
11 a 17% para quem tem no BRCA2.
A australiana passou
por uma mastectomia dupla (retirada cirúrgica das mamas e dos mamilos),
reconstruiu as mamas e retirou o útero. Além disso, a queda de cabelo e a
rápida perda de peso provocada pelo tratamento também deixaram marcas em seu
corpo e são destacadas nas imagens, feitas pela fotógrafa e amiga Nadia Masot.
O projeto da dupla
foi batizado de "Under the Red Dress" ("Embaixo do Vestido
Vermelho", em tradução livre"). "Todos os dias passamos por
pessoas que parecem normais, mas o que está sob suas roupas às vezes conta uma
história diferente", justificou a personagem principal das fotos ao Daily
Mail.
Ao postar as
imagens, Whaanga avisou que as fotos eram fortes e expunham seus seios.
Ela disse que recebeu um aviso de que a rede social não excluiria as imagens,
apesar da política do Facebook de retirar fotos de "topless". Mesmo
assim, muitos amigos criticaram a australiana, afirmando que aquele não era o
local mais adequado para aquele tipo de material.
A fotógrafa admite que
as imagens são impactantes, mas entende que a mensagem é o mais importante: a
de que o câncer não escolhe suas vítimas.
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