FONTE: Maíra Côrtes, TRIBUNA DA BAHIA.
A Associação Norte-Americana do
Coração revelou que mulheres de todas
as idades correm mais riscos de ter um acidente vascular cerebral (AVC) do que
os homens. De acordo com a pesquisa, as mulheres têm alguns fatores de risco
que aumentam as chances de ter a doença, como enxaquecas, depressão,
diabetes e arritmia cardíaca.
O alerta é reforçado pelo chefe
do serviço de
neurologia do Hospital São Rafael (HSR), Aroldo Bacellar. “Esses fatores,
somados ao tabagismo, aumentam em 20 vezes o risco de um AVC, independente da
idade”. Além disso, o especialista explica que o fato de a mulher viver mais
que o homem, o período da gravidez (que aumenta a coagulação) e o uso de
contraceptivos também favorecem o aumento de chances de um acidente cerebral.
Ainda de acordo com Bacellar, no HSR,
normalmente os pacientes do sexo feminino são maioria em relação ao AVC. Ele
ainda chama atenção porque na Bahia há um alto índice de anemia falciforme,
devido à miscigenação, aumentando a chance de acidente vascular cerebral.
O medo de ter a doença foi o que
levou a recepcionista Catherine Santana a mudar alguns hábitos de vida. “A
frequência das dores de cabeça me fez descobrir aos 28 anos que tinha
hipertensão e que precisaria diminuir a quantidade do sal e adotar o exercício
físico à minha rotina. Apesar do susto, tenho me sentido bem melhor”. Para o
neurologista, medidas preventivas como essas reduzem em até 90% os casos de
AVC.
Sintomas.
Os sintomas de um AVC em mulheres são
similares aos dos homens: dormência súbita ou fraqueza do braço, dificuldade em
falar ou compreender o que dizem os outros.
Segundo os autores do estudo, os sintomas de
um acidente vascular cerebral nas mulheres podem ser mais sutis, uma vez que
elas têm mais dificuldades em se expressar ou estar cientes do seu ambiente.
Para evitar os casos de acidente
cerebral, o neurologista Aroldo Bacelar indica a prática de
exercício físico. Além disso, controlar os fatores de risco como colesterol,
diabetes, hipertensão, tabagismo, doenças cardíacas, estresse e obesidade
ajudam a combater o AVC.
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