FONTE: Eduardo Heering, Do BOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Diabetes é uma doença ocasionada pela
total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade
insuficiente da substância no corpo. A insulina mantém a quantidade de glicose,
responsável por transformar o açúcar em energia para manter o corpo em
movimento, em níveis saudáveis na corrente sanguínea. O quadro de diabetes
ocorre quando o corpo desenvolve uma resistência ou deficiência que impede as
células de fazerem o trabalho. Isso aumenta os níveis de glicose no sangue.
Uma pessoa saudável deve ter uma taxa
glicêmica de no máximo 125 mg/dL (miligramas por decilitro) em jejum. Exames
que apresentem números maiores do que o normal indicam que a pessoa já é
diabética.
Tipo 1.
Ocorre quando o próprio corpo ataca
as células do corpo que produzem a insulina. Nestes casos, a causa é apenas
genética e pouco tem relação com o estilo de vida. O tratamento é feito com
injeções de insulina que simulam o comportamento do pâncreas após as refeições.
Quase 50% das pessoas com tipo 1 são diagnosticadas antes dos 18 anos, e a doença já pode ser desenvolvida no primeiro ano de vida.
Quase 50% das pessoas com tipo 1 são diagnosticadas antes dos 18 anos, e a doença já pode ser desenvolvida no primeiro ano de vida.
É fundamental seguir corretamente as indicações médicas para manter a insulina sob controle. Em excesso, a substância pode baixar o nível pode baixar os nível de glicose no sangue e causar hipoglicemia, que pode deixar a pessoa inconsciente. Pouca insulina, pode causar picos de hiperglicemia, que causam os mesmo danos da doença, mas em prazos mais longos.
Tipo 2.
Muito mais comum, atinge cerca de 90%
das pessoas diabéticas ao redor do mundo. Neste caso, o corpo passa a criar
resistência à insulina produzida pelo corpo. Era uma doença ligada a pessoas
mais velhas, já que o pâncreas normalmente produz menos insulina com o passar
dos anos.
Recentemente, porém, o estilo de vida
urbano, o consumo de alimentos industrializados, a falta de exercícios e o
crescimento da obesidade estão causando um aumento no número de jovens adultos
que desenvolvem diabetes. Com a gordura acumulada na região abdominal, o corpo
passa a produzir mais e mais insulina. Com o tempo, o corpo cria resistência à
substância, a produção do pâncreas fica insuficiente, e a taxa de glicose
começa a subir.
Se descoberta rapidamente, a doença
pode ser controlada apenas com exercícios físicos e uma dieta balanceada. O uso
de insulina pode ser preciso apenas em um estágio mais avançado da doença.
Gestacional.
Como o próprio nome diz, ocorre
somente em mulheres grávidas. Durante a gestação, a placenta muda o metabolismo
da mãe para garantir que o feto receberá energia suficiente para se
desenvolver.
Essa mudança aumenta a demanda por
insulina. O problema é que, muitas vezes, o corpo da mãe não é capaz de suprir
a demanda, e as taxas de glicose no sangue sobem. Se não tratada, a diabetes
gestacional pode causar problemas para o bebê, como: macrossomia fetal (o
bebê nasce muito acima do peso), traumas no nascimento, hipoglicemia e
icterícia.
Danos e diagnóstico.
Altas taxas de glicose no sangue
podem causar danos aos olhos, rins, fígado, nervos e grandes vasos
vasculares. Se a diabetes não for tratada, pode levar a perda de visão,
derrames, amputações de pernas e braços, insuficiência renal e, por fim, à
morte. Problemas cardiovasculares são a causa de óbito de mais de 80% dos
pacientes com diabetes.
"A diferença é que, no tipo 1, o
quadro piora de uma hora para outra. A pessoa perde peso, tem a visão afetada e
vê uma piora repentina na saúde. Por isso é rapidamente identificada. Já o tipo
2 tem um quadro clínico muito lento. Os sintomas são os mesmos, mas muitas
vezes a pessoa nem percebe que está doente", explica o endocrinologista
Walter Minicucci, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Tratamento e como
evitar.
Para pacientes do tipo 1, a única coisa
a se fazer é ter uma vida com uma dieta regrada e tomar as doses corretas de
insulina estipuladas pelo médico. Mesmo quem tem a doença pode levar uma vida
comum, sair para festejar, beber com os amigos e praticar esportes, mas sempre
com muito cuidado.
No caso da diabetes tipo 2, um estilo
de vida saudável, com muito exercício físico e poucos excessos, reduz
drasticamente as chances de desenvolver a doença. Alguns fatores genéticos
podem influenciar, então, se a família tem histórico de diabéticos, vale a pena
redobrar o cuidado. A idade é um fator de risco importante, mas não é
determinante.
Na gestacional, é essencial seguir
uma dieta regrada e ter acompanhamento médico constante para evitar que os
índices de açúcar subam demais durante os 9 meses de gestação. Se tratada, mãe
e bebê podem ter uma vida normal após o parto.
"Se o tratamento for feito
corretamente, não há motivo algum para haver qualquer complicação",
garante Minicucci.
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