segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SAIBA QUAIS SÃO OS DIFERENTES TIPOS DE DIABETES...

FONTE: Eduardo Heering, Do BOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).


Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina mantém a quantidade de glicose, responsável por transformar o açúcar em energia para manter o corpo em movimento, em níveis saudáveis na corrente sanguínea. O quadro de diabetes ocorre quando o corpo desenvolve uma resistência ou deficiência que impede as células de fazerem o trabalho. Isso aumenta os níveis de glicose no sangue.

Uma pessoa saudável deve ter uma taxa glicêmica de no máximo 125 mg/dL (miligramas por decilitro) em jejum. Exames que apresentem números maiores do que o normal indicam que a pessoa já é diabética.

Tipo 1.
Ocorre quando o próprio corpo ataca as células do corpo que produzem a insulina. Nestes casos, a causa é apenas genética e pouco tem relação com o estilo de vida. O tratamento é feito com injeções de insulina que simulam o comportamento do pâncreas após as refeições.
Quase 50% das pessoas com tipo 1 são diagnosticadas antes dos 18 anos, e a doença já pode ser desenvolvida no primeiro ano de vida.

É fundamental seguir corretamente as indicações médicas para manter a insulina sob controle. Em excesso, a substância pode baixar o nível pode baixar os nível de glicose no sangue e causar hipoglicemia, que pode deixar a pessoa inconsciente. Pouca insulina, pode causar picos de hiperglicemia, que causam os mesmo danos da doença, mas em prazos mais longos.

Tipo 2.
Muito mais comum, atinge cerca de 90% das pessoas diabéticas ao redor do mundo. Neste caso, o corpo passa a criar resistência à insulina produzida pelo corpo. Era uma doença ligada a pessoas mais velhas, já que o pâncreas normalmente produz menos insulina com o passar dos anos.

Recentemente, porém, o estilo de vida urbano, o consumo de alimentos industrializados, a falta de exercícios e o crescimento da obesidade estão causando um aumento no número de jovens adultos que desenvolvem diabetes. Com a gordura acumulada na região abdominal, o corpo passa a produzir mais e mais insulina. Com o tempo, o corpo cria resistência à substância, a produção do pâncreas fica insuficiente, e a taxa de glicose começa a subir.

Se descoberta rapidamente, a doença pode ser controlada apenas com exercícios físicos e uma dieta balanceada. O uso de insulina pode ser preciso apenas em um estágio mais avançado da doença.

Gestacional.
Como o próprio nome diz, ocorre somente em mulheres grávidas. Durante a gestação, a placenta muda o metabolismo da mãe para garantir que o feto receberá energia suficiente para se desenvolver.
Essa mudança aumenta a demanda por insulina. O problema é que, muitas vezes, o corpo da mãe não é capaz de suprir a demanda, e as taxas de glicose no sangue sobem. Se não tratada, a diabetes gestacional  pode causar problemas para o bebê, como: macrossomia fetal (o bebê nasce muito acima do peso), traumas no nascimento, hipoglicemia e icterícia.

Danos e diagnóstico.
Altas taxas de glicose no sangue podem causar danos aos olhos, rins, fígado, nervos e grandes vasos vasculares.  Se a diabetes não for tratada, pode levar a perda de visão, derrames, amputações de pernas e braços, insuficiência renal e, por fim, à morte. Problemas cardiovasculares são a causa de óbito de mais de 80% dos pacientes com diabetes.

"A diferença é que, no tipo 1, o quadro piora de uma hora para outra. A pessoa perde peso, tem a visão afetada e vê uma piora repentina na saúde. Por isso é rapidamente identificada. Já o tipo 2 tem um quadro clínico muito lento. Os sintomas são os mesmos, mas muitas vezes a pessoa nem percebe que está doente", explica o endocrinologista Walter Minicucci, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Tratamento e como evitar.
Para pacientes do tipo 1, a única coisa a se fazer é ter uma vida com uma dieta regrada e tomar as doses corretas de insulina estipuladas pelo médico. Mesmo quem tem a doença pode levar uma vida comum, sair para festejar, beber com os amigos e praticar esportes, mas sempre com muito cuidado.
No caso da diabetes tipo 2, um estilo de vida saudável, com muito exercício físico e poucos excessos, reduz drasticamente as chances de desenvolver a doença. Alguns fatores genéticos podem influenciar, então, se a família tem histórico de diabéticos, vale a pena redobrar o cuidado. A idade é um fator de risco importante, mas não é determinante.

Na gestacional, é essencial seguir uma dieta regrada e ter acompanhamento médico constante para evitar que os índices de açúcar subam demais durante os 9 meses de gestação. Se tratada, mãe e bebê podem ter uma vida normal após o parto.

"Se o tratamento for feito corretamente, não há motivo algum para haver qualquer complicação", garante Minicucci.

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