FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Aproximadamente 60 causas distintas podem levar ao
problema, umas bastante conhecidas, outras nem tanto, como os cáseos
amigdalianos.
Muitos
são os fatores que causam halitose, como má higienização bucal, baixa produção
de saliva, doenças da gengiva, entre outros. Porém, uma causa pouco explorada
e, consequentemente, desconhecida de grande parte da população, é o cáseo
amigdaliano.
Formado
por pequenas cavidades existentes nas amígdalas, acaba acumulando restos
alimentares que, de tempos em tempos, são eliminados sob a forma de grânulos
extremamente fétidos.
Como é
um quadro que não incapacita e nem debilita o paciente, não costuma ser encarado
como doença grave, porém é de relevante incômodo àqueles que sofrem do
problema, já que, na maioria das vezes, a simples presença do mau hálito pode
provocar sérios prejuízos pessoais, emocionais e profissionais.
“A
halitose é um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio, e por isso
deve ser identificada com a ajuda de um especialista. Existem
aproximadamente 60 causas distintas que podem levar ao problema. Para que ele
seja tratado adequadamente e obtenha sucesso, o correto diagnóstico e fundamental”, alerta
o otorrinolaringologista Dr. Reginaldo Fujita, membro da Associação Brasileira
de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF).
O
médico revela que, geralmente, o indivíduo acometido por cáseos amigdalianos
apresenta um incômodo persistente na garganta. “Isso faz com que ele procure
por um pronto socorro não especializado, onde recebe diagnóstico de amigdalite,
resultando muitas vezes no uso desnecessário de antibióticos, já que nestes
quadros não há presença de febre, nem linfonodos cervicais
aumentados”, afirma.
De
acordo com o otorrinolaringologista, a presença de cáseos
amigdalianos pode favorecer o aparecimento de outras desordens bucais.
“Vários
tratamentos estão disponíveis, mas o mais eficiente ainda é a retirada de toda
a amigdala. Costumo explicar aos pacientes que esta é uma indicação social e
quem decide se deve ou não fazer a retirada é ele próprio, pois sabe melhor do
que ninguém o tamanho do problema e o grau de incômodo que isso lhe traz”,
explica.
Segundo
Dr. Reginaldo Fujita, o acúmulo de resíduos alimentares nas cavidades é
agravado ou minimizado de acordo com o tipo de alimentação ingerida, por isso
deve-se orientar para que sejam evitadas dietas pastosas, dando preferência
para dietas ricas em fibras.
“Também
é fundamental que a higiene oral inclua, além da escovação, o uso de fio dental
e gargarejo com antissépticos não alcoólicos”, finaliza o membro da Associação
Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF).
Nenhum comentário:
Postar um comentário