quinta-feira, 22 de outubro de 2015

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM MUCOCELE?...

FONTE:, (www.msn.com).



De repente seu filho aparece com uma bolha no lábio inferior. A aparência pode assustar um pouco, o diagnóstico também: mucocele. Mas não é motivo para pânico. A professora de estomatologia da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Fernanda Salum explica que o ferimento é benigno, não oferece risco de causar outros problemas de saúde e, normalmente, não provoca dor. No entanto, é bastante incômodo e, com o tempo, pode se tornar mais resistente.
A boca é cheia de pequenas glândulas salivares acessórias, quando uma delas se rompe, a maioria das vezes por um trauma, ocorra a mucocele. A lesão é um bolha, transparente ou azulada, produzida pelo acúmulo de saliva que não consegue mais ser expelida. Muitas vezes pode ser confundida com um cisto.
O tratamento é realizado por meio de uma pequena cirurgia, em que o dentista remove não apenas a lesão, mas também as glândulas rompidas, sem gerar prejuízos ao paciente. Fernanda comenta ainda que, em alguns casos, a mucocele retrocede antes mesmo do procedimento. “Já aconteceu de marcarmos a cirurgia e quando o paciente chegou já estava curado.”
Não trate em casa.
Mas nem sempre o desaparecimento significa cura. Em algumas situações, o volume de saliva é muito grande e acaba rompendo e esvaziando a bolsa formada, mas, com o tempo, a pele volta a se fechar e a bolha cresce novamente. Por isso, também, a especialista alerta que não se deve tentar abrir o ferimento em casa. Como se trata de uma bolha, algumas pessoas tentam morder ou furar a pele para deixar o líquido sair. Além do risco de inflamação, a medida não é eficiente, já que as glândulas lesionadas vão continuar na boca.
Segundo Fernanda, o procedimento é simples e a recuperação é rápida. “É semelhante a uma cirurgia de extração de dente. É aplicada anestesia local e, em uma semana, é removida a sutura.” Nos dois primeiros dias depois de remover o ferimento, o paciente deve evitar alimentos quentes e sólidos. A solução é investir em sorvetes e iogurtes, o que costuma agradar os pacientes mais comuns, as crianças.

A explicação, de acordo com a professora, é que os pequenos costumam sofrer mais lesões, causadas por brincadeiras e quedas. A dificuldade maior é com crianças de até três anos. “É muito difícil aplicar anestesia local e fazer uma cirurgia nos mais novos.” Quando o procedimento não é possível, Fernanda aponta duas soluções. Em alguns casos, é realizada uma micromarsupialização, uma pequena sutura, que permite a saída da saliva. No entanto, depois de um tempo, a tendência é que a saliva volte a se acumular. A outra alternativa é adiar o tratamento por até um ano, esperando que o paciente, mais velho, seja mais receptivo ao trabalho do dentista.

Um comentário: