FONTE: *** Jairo Bouer
(doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Não olhe torto caso
algum parceiro ou parceiro diga que tem herpes. Há grandes chances de você
também ter esse vírus, que é altamente infeccioso, de acordo com uma estimativa
divulgada recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e noticiada no Daily
Mail.
A entidade afirma que
dois terços da população mundial têm herpes. Mais de 3,7 milhões de pessoas com
menos de 50 anos possuem o vírus tipo 1 (HSV-1), mais associado ao herpes
labial. E outras 417 milhões, na faixa dos 17 aos 49 anos, carregam no corpo o
vírus tipo 2 (HSV-2), que com frequência provoca feridas nos órgãos genitais.
Vale ressaltar que,
embora o HSV-2 seja a causa mais comum de herpes genital, ambos os vírus podem
provocar essa doença sexualmente transmissível, como alerta a OMS. Segundo
especialistas, isso acontece principalmente nos países mais ricos – é que as
taxas na infância diminuíram, devido a hábitos de higiene, mas os jovens
tornam-se expostos quando começam a praticar sexo oral.
A maioria dos
infectados nunca vai desenvolver qualquer sintoma. O vírus pode ficar latente
durante anos e as feridas só vão aparecer se houver uma baixa no sistema
imunológico, devido a estresse, infecções ou alterações hormonais.
Claro que a
transmissão ocorre com mais facilidade quando a doença está ativa, ou seja,
quando há feridas na boca ou nos genitais, ainda que muito discretas. Mesmo
assim, há risco de contrair o vírus de alguém que não apresente sinais, por
toques, beijos, compartilhamento de batons, escovas de dente, lâminas de
barbear, toalhas ou talheres.
O HSV-2 pode aumentar
o risco de contrair e transmitir o vírus da Aids. Por isso é importante usar
preservativo, mesmo durante o sexo oral, ainda que nem toda a região genital
fique protegida. Ainda não existe vacina contra os herpes vírus, nem tratamento
definitivo. Apenas o uso de medicamentos para controlar as crises.
Jairo Bouer é médico formado
pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com residência em
psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. A partir do seu trabalho no
Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP (Prosex), passou a focar
seu trabalho no estudo da sexualidade humana. Hoje é referência no Brasil, para
o grande público, quando o assunto é saúde e comportamento jovem, atendendo a
dúvidas através de diferentes meios de comunicação.
Sobre o blog.
Neste espaço, Jairo Bouer publica informações atualizadas e opiniões
sobre saúde, sexo e comportamento.
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