FONTE: Agência
Brasil, CORREIO DA BAHIA.
Já foram investidos
R$ 1,5 milhão para qualificar equipes especializadas nas áreas de saúde e
segurança pública.
Cerca de 300 profissionais de 52 hospitais já foram
capacitados para a realização de coleta de vestígios pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) em casos de violência sexual. A informação foi divulgada hoje (19)
pelo Ministério da Saúde. Em nota, a pasta ressaltou que apenas servidores
capacitados poderão se habilitar para a realização desse tipo de procedimento.
Em março, o governo
anunciou novas diretrizes para a organização e integração do atendimento a
vítimas de violência sexual por profissionais de segurança pública e do SUS. As
unidades de saúde habilitadas poderão fazer o registro de informações em ficha
de atendimento multiprofissional e também a coleta e o armazenamento provisório
do material para possíveis encaminhamentos legais.
"A medida reduz a
exposição da pessoa que sofreu a violência, evitando que as vítimas sejam
submetidas a vários procedimentos”, informou o ministério.
Os exames serão feitos em
unidades classificadas como Serviços de Referência para Atenção Integral às
Pessoas em Situação de Violência Sexual, que contam com equipes compostas por
enfermeiros; médicos clínicos e especialistas em cirurgias; psicólogo clínico,
hospitalar, social e do trabalho; assistentes sociais; e farmacêuticos.
Os profissionais de saúde,
segundo o ministério, são capacitados para atender vítimas de agressão sexual
por meio de força física (estupro), abuso sexual e casos relacionados a abuso
sexual envolvendo crianças, dentro ou fora de casa.
Os atendimentos estão
disponíveis 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, em locais
específicos e reservados para o acolhimento, o registro de informações e a
coleta e guarda provisória de vestígios.
“O objetivo é tornar o
atendimento mais humanizado e eficaz, evitando assim a revitimização e
reduzindo a exposição da pessoa que sofreu a violência, além de oferecer, às
autoridades policiais, elementos que identifiquem os autores da violência e
comprovem o ato”, reforçou a nota.
Ainda de acordo com o
governo, a capacitação dos profissionais começou no ano passado e, até o
momento, foram investidos R$ 1,5 milhão para qualificar equipes especializadas
nas áreas de saúde e segurança pública.
A coleta de vestígios
(secreção vaginal, anal, sêmen, fluidos depositados na pele ou outras regiões
do corpo), segundo o ministério, é extremamente importante para a identificação
do agressor e dever ser realizada o mais rapidamente possível, a partir do
momento da agressão, uma vez que a possibilidade de se coletar vestígios
biológicos em quantidade e qualidade suficientes diminui com o passar do tempo,
reduzindo significativamente após 72 horas.
Atualmente, de acordo com
dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, existem 543 serviços
de atenção às pessoas em situação de violência sexual no Brasil. Desses, 165
são serviços de referência para atenção integral às pessoas em situação de
violência sexual, que oferecem atendimento de forma ininterrupta e contam com
equipe multiprofissional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário