Já pensou que o dente que você extraiu ou aqueles que
seus filhos já perderam podem auxilar estudantes de odontologia? Universidades
mantêm bancos de doação de dentes humanos para ajudar estudos teóricos e
pesquisas.
Os bancos de doação de dentes humanos são classificados
como um tipo de biobanco, com uma coleção organizada de material biológico
humano, como sangue e células, coletados e armazenados para fins de pesquisas.
Os projetos que buscam doações não têm fins comerciais e visam combater a
dificuldade em obter as peças, que leva a práticas irregulares, como buscar
dentes em cemitérios, sem nenhuma autorização.
Nesses casos, como as fontes são desconhecidas, existe o
risco dos dentes carregarem vírus. Por isso, os dentes são esterilizados antes
do manuseio. Podem ainda acompanhar um relatório de possíveis doenças que
aquelas peças possam conter.
Você pode doar qualquer dente, seja ele sadio, cariado,
amarelado, restaurado, de leite ou adulto. Cirurgiões-dentistas e Unidades
Básicas de Saúde também podem cooperar com as faculdades doando dentes
guardados ou extraídos recentemente de pacientes.
Dentre as universidades que possuem este projeto estão a
Universidade de São Paulo (USP) e a Faculdade Meridional (IMED), no Rio Grande
do Sul. Ambas recebem as doações pessoalmente ou pelo correio. Na USP, existem
dois projetos que coletam: o Banco de Dentes Humanos e o Biobanco de Dentes
Humanos. O primeiro recebe qualquer tipo de doação sem identificação do paciente
e geralmente são destinadas às áreas laboratoriais. O segundo tem o intuito de
agregar às pesquisas realizadas na faculdade, por isso é necessário preencher
uma autorização com todos os dados do doador.
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