FONTE: Matheus Fortes REPÓRTER, TRIBUNA DA BAHIA.
O distúrbio é considerado potencialmente grave e
se caracteriza pela parada e início da respiração repetidamente durante o sono.
Uma
recente pesquisa realizada pelo Instituto do Sono de São Paulo constatou que
aproximadamente 33% dos brasileiros sofrem da apneia do sono. O distúrbio é
considerado potencialmente grave e se caracteriza pela parada e início da
respiração repetidamente durante o sono.
O
levantamento também permitiu afirmar que os homens são os que mais sofrem com o
distúrbio, devido às certas características anatômicas, ao aumento de peso,
maior consumo de álcool, sedentarismo, além da maior resistência em procurar
ajuda médica, entre outros fatores. A apneia costuma ter maior incidência após
os 40 anos de vida.
A
descoberta da doença pela medicina também é relativamente nova, variando de 30
a 40 anos. Segundo o diretor técnico do Centro Otorrino da Bahia (INOOA), Dr.
Otávio Marambaia, muito se tem estudado, e já houve grandes avanços no
entendimento da doença nos últimos anos. Contudo, ainda há muito a ser
entendido e aprendido com o distúrbio.
Na
Bahia, não há dados precisos que apontem o número de pessoas que possuem a
doença no estado, porém, segundo o diretor técnico do INOOA, trabalhando em um
serviço de grande demanda, os números nacionais não estão distantes do que se
vê nas estatísticas de atendimento do Centro.
Também
denominada Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono – ou simplesmente
SAHOS –, a apneia possui, segundo Marambaia, uma variedade de causas, que são
determinantes, e que também precisam estar associadas, mas que tudo ocorre na
árvore respiratória superior, na área compreendida entre o nariz, a boca e a
faringolaringe.
“Este
sítio anatômico, na doença, costuma obstruir pelo colapso das estruturas
causando a obstrução e a apneia dela decorre”, explica ele, ao acrescentar que
fatores como a alteração do esqueleto da face, do tórax, e da coluna cervical
pioram a síndrome. Neste grupo ainda entram o aumento de peso, os distúrbios
metabólicos, refluxos gastresofágicos, a alterações neurológicas.
“Todas
estas causas não andam sempre juntas, mas quase sempre temos várias delas
atuando no aparecimento de manutenção da doença. Nas crianças a causa mais
frequente é a hiperplasia de adenoides e amígdalas”, explica o Dr. Marambaia,
ao recomendar também cuidado especial no tratamento das crianças apneicas e
roncadoras, já que nesta fase, pode-se estar preparando um apneico de idade adulta.
RISCOS.
Este cuidado especial também é importante devido ao fato de que a SAHOS representa uma sobrecarga perigosa para o sistema cardiovascular – especialmente em pacientes já com doença cardíaca –, piora a hipertensão, reduz ou impede o descanso, já que o sono é inconstante e superficial, trazendo consequências a qualidade de vida e dificultando as atividades da vida diária e do estudo.
“Não se deve esquecer que pacientes doentes tem sonolência diurna o que predispõe a graves acidentes quando estas pessoas estão ao volante de automóveis, caminhões ou em atividades outras em que a vigília é fundamental”, alerta o diretor técnico do INOOA.
Este cuidado especial também é importante devido ao fato de que a SAHOS representa uma sobrecarga perigosa para o sistema cardiovascular – especialmente em pacientes já com doença cardíaca –, piora a hipertensão, reduz ou impede o descanso, já que o sono é inconstante e superficial, trazendo consequências a qualidade de vida e dificultando as atividades da vida diária e do estudo.
“Não se deve esquecer que pacientes doentes tem sonolência diurna o que predispõe a graves acidentes quando estas pessoas estão ao volante de automóveis, caminhões ou em atividades outras em que a vigília é fundamental”, alerta o diretor técnico do INOOA.
TRATAMENTO.
Apesar dos problemas decorrentes da doença, o Dr. Marambaia explica que há cura para a síndrome, mas este depende do nível de comprometimento do paciente com o tratamento. Como existe uma grande variedade de causas envolvendo o distúrbio, o ideal é consultar-se com um médico otorrinolaringologista, pneumologista e neurologista para avaliar e dar o diagnóstico mais preciso da doença e aí encaminhar o tratamento mais indicado.
Apesar dos problemas decorrentes da doença, o Dr. Marambaia explica que há cura para a síndrome, mas este depende do nível de comprometimento do paciente com o tratamento. Como existe uma grande variedade de causas envolvendo o distúrbio, o ideal é consultar-se com um médico otorrinolaringologista, pneumologista e neurologista para avaliar e dar o diagnóstico mais preciso da doença e aí encaminhar o tratamento mais indicado.
O
diretor técnico do INOOA explica que no início imaginava-se que a simples
correção do trecho obstruído (na faringe) resolveria o problema, mas hoje se vê
que o tratamento cirúrgico, ainda eficiente, restringe-se a casos selecionados
– sempre lembrando a origem multifatorial da doença.
“Há
tratamento clínico, fonoterápico, e o que tem usado da tecnologia de
equipamentos e aparelhos que agem para manter a via aérea pérvia e que
necessitam de adesão do paciente para serem efetivos, é o caso dos CPAPS e
aparelhos intraorais”, explica o médico, acrescentando que o uso de
medicamentos ainda é incipiente e que, mesmo os resultados tratamento
fonoterápico ainda estão sendo melhor avaliados.
Fora o
tratamento, o médico também chama a atenção para as medidas de mudança de vida
e comportamento adotadas pela pessoa que sofre do distúrbio também são
fundamentais para que a cura da apneia.
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