FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Excessos e descuidos com a alimentação podem ser
perigosos.
No
período de férias, com o intuito de sair da rotina, relaxar, aproveitar e se
divertir, muitas pessoas tendem a extrapolar, seja na ingestão de comidas
industrializadas, bebidas alcoólicas, excesso de atividades físicas, sono
reduzido ou mesmo práticas não convencionais ao dia-a-dia.
Embora
o descanso seja importante para a saúde, principalmente do corpo, para que as
férias sejam proveitosas e não comprometam a saúde é importante tomar alguns
cuidados.
Segundo
José Luiz Aziz, cardiologista e diretor da Sociedade de Cardiologia do
Estado de São Paulo (SOCESP), as férias podem ser benéficas, cumprindo seu
papel, quando existe um equilíbrio na alimentação, com a ingestão de
bebidas alcoólicas moderadamente e a escolha dos alimentos.
O
médico ressalta que, ao escolher o que será consumido, é fundamental ter em
mente a localidade, pois, dependendo do roteiro (lugares quentes ou frios),
montanha ou litoral, o consumo é diferente.
Aos que
têm histórico de doença cardiovascular e fazem parte do grupo de
risco (pessoas sujeitas a determinados fatores ou com determinadas
características, que a tornam mais propensas a ter ou adquirir ou desenvolver
determinada doença), é recomendando procurar um cardiologista antes de
fazer qualquer atividade que fuja do seu cotidiano.
Os
pacientes que usam medicamentos devem ficar atentos à sua administração também
durante as férias, principalmente os hipertensos, pois com as altas
temperaturas a pressão pode baixar, causando complicações.
"Uma
avaliação médica antes do período de férias pode ser
determinante no status positivo ou negativo das
férias”– afirma Aziz.
Conforme
dados do Ministério da Saúde, em 2013, a hipertensão ceifou a vida de 46 mil
pessoas, enquanto o infarto, 85 mil pessoas. No Brasil, são cerca de 350 mil
óbitos por infarto todos os anos, e metade das vítimas falece em até uma hora a
partir da manifestação dos primeiros sintomas.
De
acordo com a SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo –, as
chances de sobrevivência são quatro vezes maiores quando o infartado está perto
de alguém que seja capaz de reconhecer os sintomas, de pedir socorro ao serviço
adequado (SAMU ou Corpo de Bombeiros) e, principalmente, de iniciar as
compressões torácicas (RCP – ressuscitação cardiopulmonar).
A
mortalidade do infarto varia de 8% a 30%, conforme a assistência prestada
ao paciente.
Presume-se
que ocorram 720 paradas cardíacas no Brasil todos os dias (registros americanos
estimam 50 paradas cardíacas para cada 100 mil pessoas por ano). Em média, uma
morte ocorre a cada um minuto e meio.
O
cardiologista Aziz ressalta que no período de férias as incidências de doenças
cardíacas podem aumentar devido ao excesso de bebidas, alimentação com
sobrecarga de sal e, nos lugares frios, aumento principalmente de doenças
como arritmias cardíacas, hipertensão e infarto.
O
especialista ainda faz um alerta para as pessoas que não têm costume de
praticar esportes e atividades físicas, descrevendo os perigos
iminentes.
"As
pessoas que não fazem esportes rotineiramente têm de ficar mais atentas, pois
uma extravagância esportiva ou de recreação pode causar agressões agudas ao
coração e consequências como arritmias e até mesmo infarto”.
Dessa
forma, para aproveitar as férias com qualidade e saúde, é importante
prevenir-se, consultar um médico para uma avaliação, evitar
excessos, além de manter uma boa alimentação e evitar o uso desmoderado de
bebidas alcoólicas e outras substâncias que possam prejudicar a saúde.
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