segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

FÓRMULAS CASEIRAS TAMBÉM PODEM REPELIR INSETOS E MOSQUITOS; VEJA OPÇÕES...

FONTE: Priscila Natividade (priscila.oliveira@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.

Produtos não têm eficácia reconhecida pela Anvisa e podem, em alguns casos, provocar alguma reação na pele.
Quem não tem repelente, dá o seu jeito para afastar o mosquito Aedes aegypti. A farmacêutica Cinara Vasconcelos explica que há essências naturais que repelem os mosquitos e podem ser utilizadas como alternativas. “O odor de substâncias presentes no cravo, na citronela e no neem afastam naturalmente os mosquitos e ajudam bastante a evitar a presença destes insetos”, ressalta.
No entanto, a farmacêutica chama atenção de que estes produtos caseiros não têm eficácia reconhecida pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) e podem, em alguns casos, provocar alguma reação na pele. “É preciso ter cuidado ao utilizar estas receitas caseiras, que assim como os repelentes industrializados podem causar reações alérgicas”.

Uma receita simples é misturar 100 gotas de óleo essencial - seja de cravo, citronela ou neem - em 100 ml de óleo corporal. “A eficácia da mistura é menor quando comparada aos produtos vendidos nas farmácias, o que vai exigir aplicações no intervalo de uma em uma hora”.
É possível também fazer um desorizador de ambiente, como ensina Cinara. “É só misturar o óleo essencial com álcool em um spray e borrifar no ambiente”.
Proteste avalia eficácia das marcas de repelentes mais procuradas.
Tem muito repelente que não está protegendo o que promete. É o que aponta o levantamento feito pela Proteste Associação de Consumidores  que avaliou cinco marcas dos repelentes mais vendidos nas principais capitais do país, entre elas Salvador. 

O estudo mostrou que o tempo de proteção contra insetos - sobretudo o temido Aedes aegypti - é muito menor do que a informação vendida na embalagem. “Todos funcionam, mas realmente existe esta diferença de tempo, que vai exigir do consumidor mais aplicações do produto por dia”, explica a técnica da Proteste, Bárbara Guerra.
Entre os replentes mais procurados, o Exposís do Laboratório Osler, que garante uma proteção por 10 horas quando exposto ao teste, mostrou que a proteção contra o mosquito só dura 2h45. O Off Family Spray fabricado pela SC Johnson e o Moskitoff da Farmax garantem 2h de proteção, conforme informações da embalagem. No teste, apenas 1h30.
O Super Repelex Family Care da Reckitt Benckiser promete proteção de até 6h. Porém, ele foi eficaz por 1h45. O produto Xô Inseto produzido pela Nutracom resistiu à primeira picada apenas 1h20. Na embalagem, diz que dura até 2h. 
Segundo a técnica da Proteste, as empresas em questão não criticaram a metodologia da pesquisa, mas afirmaram à Associação que todos os produtos foram aprovados  pela Agência nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estão dentro das normas estabelecidas pelo órgão.
“Sempre que o consumidor se sentir lesado por algum motivo ele tem o direito de reclamar na Central de Atendimento do fabricante ou no Site da Anvisa”, orienta. 
Anvisa pede que consumidor denuncie falhas de repelentes.
Os consumidores que constatarem a ineficácia do repelente que foi adquirido devem fazer uma denúncia na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Caso você perceba sinais claros de picada de mosquito tais como inchaço, coceira ou mancha avermelhada na pele antes do fim da proteção descrita no rótulo, o repelente pode ter falhado”, afirmou a agência reguladora em nota. 
O registro pode ser feito na Central de Atendimento da agência pelo número 0800 642 9782 ou no site www.anvisa.gov.br/institucional/faleconosco/FaleConosco.asp. A agência reguladora também pede que o consumidor denuncie situações inesperadas, como irritação de pele ou qualquer outro tipo de reação estranha, por exemplo. 

Os repelentes têm sido usados contra o Aedes aegypti, vetor dos vírus dengue, chikungunya e Zika, principalmente depois da descoberta que o vírus Zika, ao infectar gestantes, pode provocar microcefalia na criança.

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