FONTE: Rayllanna Lima, TRIBUNA DA BAHIA.
O tumor em questão nasce na
mucosa do estômago e possui três causas principais: cigarro, bactéria H. Pilori
e má alimentação.
Tumor
que ocupa o terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto, entre as
mulheres, o câncer gástrico – ou de estômago – deve surgir em mais 20,5 mil
pessoas somente este ano. A estimativa é do Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva (INCA), que afirma que cerca de 65% dos pacientes
diagnosticados com a neoplasia têm mais de 50 anos.
O tumor
em questão nasce na mucosa do estômago e possui três causas principais:
cigarro, bactéria H. Pilori e má alimentação. De acordo com o INCA, o pico de
incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos. Em 2013, o
número de mortes foi de 14,1 mil, sendo 9,1 mil em homens e 5 mil em mulheres.
A má
alimentação é dos principais problemas para quem possui problemas gastros,
sobretudo àqueles que se alimentam de carnes vermelhas, queijos e produtos de
origem animal conservados artificialmente, especialmente por meio de fumaça,
como carne de sol, charque e alimentos conservados com substâncias químicas.
Conforme
explicou o membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva
(Sobed) e coordenador científico do Gastro-Hepato Memorial, Rodrigo Felipe, por
se tratar de uma doença assintomática, os sintomas do câncer de estômago só
aparecem na forma mais avançada. “Se o indivíduo sentir dor que não melhora com
medicamentos, como omeprazol, deve investigar com endoscopia a presença da
lesão no estômago”, aconselhou.
O
gastroenterologista destaca que o diagnóstico é sempre uma endoscopia. “E o
médico precisa ter muita atenção com alterações mínimas da mucosa. A cor, o
relevo. Quando o câncer já está avançado, os sintomas são hemorragia, anemia e
dor gastro intensa. O tratamento na fase inicial é sempre endoscópico. Na forma
avançada, o indivíduo precisará de cirurgia, seguido de quimio e radioterapia”,
ressaltou.
Medicamento.
O câncer gástrico ganhou recentemente um novo medicamento que vai ajudar no
tratamento da neoplasia na forma mais avançada. É um tipo de anticorpo
monoclonal, chamado de Cyramza, que foi lançado em junho pela fabricante
americana de medicamentos Eli Lilly, após ter sido aprovado em fevereiro pela
Anvisa.
Como o
câncer em questão é agressivo e de difícil tratamento, visto que em grande
parte das pessoas é diagnosticado em estágio avançado, o Cyramza representa um
avanço significativo para os pacientes e oferece um novo padrão de tratamento
para quem apresentou piora do tumor após quimioterapia prévia.
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