Segundo dados do IBGE, dos 95 milhões
de homens existentes no Brasil, mais de 35 milhões encontram-se acima dos 40
anos de idade.
Um estudo feito pela Sociedade Brasileira
de Urologia (SBU) com 3.500 homens, em sete cidades brasileiras, mostra que o
público masculino está mais preocupado com sua saúde, porém, cerca de 51% não
costumam ir ao urologista ou cardiologista com regularidade.
Quando questionados sobre qual sua maior preocupação com a
saúde, os homens colocaram a impotência sexual no topo da lista (28%). Porém,
outra situação que também incomoda o sexo masculino é a dificuldade de chegar
ao orgasmo, e muitas vezes a falta de informação é um dos principais vilões na
hora de buscar uma solução para o problema.
O transtorno do orgasmo masculino acontece quando o homem
consegue ter a ereção e a relação sexual, mas tem dificuldades de sentir
prazer. Há o sexo físico, porém sem orgasmo, o que causa grande insatisfação. Para
colaborar com a saúde do homem, especialistas listaram três situações que podem
ocasionar o problema.
Uso indiscriminado de remédios.
Uma
pesquisa realizada no ano passado pelo instituto GFK apontou que 1 em cada 5
homens entre 22 e 30 anos faz uso frequente de medicamentos para ereção e,
entre 41 a 40 anos, este número pula para 40%. Entretanto, o uso de remédios
sem acompanhamento médico pode causar efeitos colaterais como dependência,
dores de cabeça, vista embaçada, dores nas costas, pernas, além da diminuição
do prazer.
Incontinência Urinária.
No homem,
a incontinência urinária está relacionada à retirada da próstata pós-câncer,
pois o procedimento pode afetar o esfíncter, músculo que controla o fluxo da
urina. A incontinência é considerada o “câncer social”, por dificultar a vida
social e sexual. Além do medo de deixar a urina escapar no parceiro ou de expor
o uso de fraldas, o odor da urina torna algumas pessoas constrangidas em manter
uma vida sexual ativa.
“Os casos
leves e moderados podem ser tratados com fisioterapia, implantação de slings ou
injeções endoscópicas. Nos casos graves, o tratamento recomendado é a colocação
de uma prótese, chamada de esfíncter urinário artificial. Todos os
procedimentos já estão disponíveis no Brasil”, explica o Urologista do Hospital
das Clínicas da Universidade de São Paulo, Cristiano Gomes.
Crescimento da próstata.
A HBP é a
doença mais comum da próstata e prejudica a qualidade de vida do homem,
afetando a rotina e vida sexual. A partir dos 50 anos, a condição torna-se
bastante comum. De acordo com especialistas, o crescimento da próstata não
evolui para o câncer. Porém, é preciso ficar atento aos sintomas, entre eles,
dificuldade para urinar e o transtorno do orgasmo. Tratamentos menos invasivos
– como a terapia a laser conhecida como Greenlight – já estão disponíveis no
Brasil.


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