FONTE: *** Jairo Bouer (doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Um relatório
divulgado recentemente mostra que o número de casos de gonorreia resistente a
antibióticos no mundo aumentou mais de 400% entre 2013 e 2014. De acordo com o
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que fica nos Estados Unidos,
essa elevação alarmante faz especialistas acreditarem que, em breve, não haverá
mais alternativas para tratar a doença sexualmente transmissível (DST).
A gonorreia é uma das
DSTs mais comuns. A infecção é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.
No passado, antes da descoberta da penicilina, era considerada uma verdadeira
peste, já que pode afetar outros órgãos, como garganta, olhos e articulações.
Para piorar, os sintomas iniciais, como secreção purulenta, dores abdominais e
ardor ao urinar, podem não aparecer em muitos pacientes, especialmente
mulheres. A infecção pode evoluir para a doença inflamatória pélvica, que, por
sua vez, pode gerar esterilidade ou até levar à morte. Além disso, a infecção
pode ser transmitida de mãe para filho.
Há muito tempo, a
penicilina e outros antibióticos deixaram de fazer efeito contra a Neisseria.
O remédio mais usado atualmente é a azitromicina, e os novos casos de
resistência demonstram que essa opção também poderá se tornar ineficaz,
deixando os pacientes sem opção, segundo as informações do CDC, noticiadas pelo
site Medical Daily.
Nos Estados Unidos,
estima-se que 800 mil pessoas tenham gonorreia a cada ano. Apesar disso, só
metade recebe o diagnóstico, porque certos pacientes não apresentam sintomas,
ou não fazem exames. A melhor maneira de se prevenir é usar camisinha em todas
as relações sexuais, além de procurar o médico sempre que algum sinal diferente
aparece, como corrimentos ou secreções.


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