FONTE:
julianateofilo em
Bem-Estar,
(tribunadoceara.uol.com.br).
As pacientes de risco
devem procurar tecnologias avançadas e, por vezes, repetir o exame para evitar
dúvidas no diagnóstico.
Além das mulheres com histórico de câncer de mama
na família, aquelas que têm mamas densas – com pouca gordura e grande quantidade
de tecido glandular e fibroso – também se encaixam no grupo de risco da doença.
A radiologista Vivian Schivartche,
especialista em diagnóstico da mama do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB),
explica que mamas densas representam um desafio para o diagnóstico do câncer.
“Na imagem mamográfica, o tecido denso aparece em branco, enquanto a gordura é
caracterizada pelas áreas escuras. Como os tumores também aparecem em branco
nessas imagens, é mais difícil diferenciar o que é tecido altamente denso e o que
é um tumor”.
Mas Vivia esclarece que os avanços da mamografia
nos últimos anos caminham na direção de aumentar a detecção de tumores
cada vez menores. “A mamografia passou de um simples exame em filme
para um exame digital e, mais recentemente, para um exame em três dimensões
(tomossíntese). Ao lado disso, a ultrassonografia também auxilia a encontrar
alterações no meio do tecido denso”.
Outro ponto que gera dúvidas de interpretação são
as calcificações. Elas fazem parte de muitos processos da mama. Algumas são
malignas, outras não. Por isso, muitas vezes é necessário realizar imagens
adicionais na mamografia ou ainda uma biópsia para chegar a um diagnóstico
definitivo.
“A
mamografia tomográfica, também chamada de mamografia 3D ou tomossíntese,
costuma aumentar em até 30% a detecção do câncer de mama, já que permite
enxergar o tumor numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas.
Porém, em situações especiais, em pacientes de alto risco, ou quando
persistirem dúvidas, esses outros exames devem ser realizados, como a
ultrassonografia e a ressonância magnética”, explica.
A especialista conta, ainda, que algumas mulheres
são orientadas a repetir a mamografia para esclarecer dúvidas nos resultados.
Mas não é preciso se preocupar. Entre 5% e 15% das pacientes precisam
refazer o exame e, não necessariamente por suspeita de câncer, mas
simplesmente porque as imagens não ficaram claras.
Estudos apontam que pacientes entre 40 e 49 anos
têm 30% de chance de ter um resultado falso-positivo num período de dez
anos. Ou seja, serem chamadas para fazer imagens adicionais sem ter câncer.
Vivian Schivartche enumera cinco dicas para quem
vai fazer mamografia:
Conheça seu corpo.
“Observe a reação do seu corpo durante o ciclo
menstrual, evitando agendar a mamografia naqueles dias em que as mamas estão
mais sensíveis e doloridas”.
Aposte na tecnologia.
“Se a paciente puder optar pela mamografia digital
em detrimento da convencional, é melhor. Mas vale ressaltar que hoje em dia já
é possível realizar a tomossíntese – ou mamografia 3D – em muitas cidades do
Brasil, aumentando ainda mais o percentual de diagnóstico precoce”.
Escolha bem a clínica.
“Se puder escolher a clínica onde será realizada a
mamografia, dê preferência àquelas que investem em novas tecnologias, já que os
mamógrafos vêm sendo modificados para tornar o exame mais rápido e menos
incômodo às pacientes. Outro ponto importante é a clínica contar com um
radiologista especializado em imagem da mama para orientar a realização do
exame”.
Escute os profissionais.
“Durante o exame, procure seguir a orientação do
profissional que está no comando, evitando movimentos que possam comprometer o
resultado final. Tenha em mente de que se trata de um exame rápido, realizado
somente uma vez ao ano, e que pode salvar a sua vida”.
Não fique com medo de refazer o exame.
“Não se apavore se for chamada para uma repetição.
Ao contrário, procure agendar o quanto antes esse novo exame e procure relaxar,
permitindo a compressão necessária para a melhor imagem possível. Oito em cada
dez nódulos encontrados não têm nada a ver com câncer”.

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