Do
total de novas infecções entre os homens, 75% são na faixa etária de 15 a 39
anos.
Pare, pense e use
camisinha. Esse é o slogan da campanha de combate ao HIV lançada ontem (22)
pelo Ministério da Saúde. O foco, este ano, são homens jovens, com idade entre
15 e 34 anos. Dados da pasta revelam que 73% das novas infecções contabilizadas
no país são registradas entre pessoas do sexo masculino. Do total de novas
infecções entre os homens, 75% são na faixa etária de 15 a 39 anos.
De acordo com o
secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira,
blocos carnavalescos contarão, este ano, com “homens-camisinha” que vão
circular entre os foliões para destacar a importância do uso do preservativo.
Ao todo, 129 milhões de unidades serão distribuídas, sendo 12 milhões já com
nova embalagem, que faz alusão a equipamentos eletrônicos, de uso comum entre
os jovens. Ações de prevenção serão realizadas em Salvador, Recife, Olinda e no
Rio de Janeiro.
“Não importa a
orientação sexual. É o comportamento de risco que pode, muitas vezes, fazer do
nosso maior e melhor carnaval uma memória triste”, avaliou o ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta. “Vamos fazer um grande carnaval. Vamos fazer um grande
ano. E vamos fazer um ano de consciência em relação à sua responsabilidade com
o seu corpo e com o corpo das pessoas quer você ama.”
Hit do carnaval.
Em 2019, o embaixador
da campanha é o cantor Gabriel Diniz, intérprete da música Jenifer, que promete
ser o hit dos blocos carnavalescos no Brasil. As peças publicitárias, segundo o
governo federal, serão veiculadas na TV, na internet, no rádio, em veículos
impressos, aeroportos e outdoors até 5 de março.
Números.
Atualmente, cerca de
866 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 694 mil foram diagnosticadas,
enquanto 172 mil não sabem que são soropositivas. Um em cada cinco novos casos
de infecção ocorre entre homens de 15 a 24 anos.
O uso da camisinha
nessa faixa etária, segundo o ministério, vem caindo. Em 2004, o índice era de
58,4% entre os que têm parceiros eventuais e, em 2013, passou para 56,6%. Já
entre os que têm parceiros fixos, a queda foi ainda maior – de 38,8% em 2004
para 34,2% em 2013.
Jovens de 15 a 24 anos
também são os que menos se tratam após o diagnóstico. Os números mostram que
44% dos 22 mil brasileiros diagnosticados com HIV nessa faixa etária não estão
em tratamento antirretroviral.
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