Adolescentes que usam
ou já usaram maconha tendem a praticar menos atividade física que o
recomendado. É o que mostra um estudo com quase 90 mil estudantes de 12 a 15
anos de idade, de 21 países, publicado esta semana no periódico Drug
and Alcohol Dependence.
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) recomenda que os jovens se exercitem ao menos 60 minutos por
dia, e esse foi o critério utilizado nesse trabalho, que reúne pesquisadores de
universidades como a de Barcelona, de Toronto e o King`s College, de Londres,
entre outras.
Os resultados indicam
que 17,3% dos adolescentes que nunca usaram maconha cumprem a recomendação da
OMS. Já entre os que consumiram a droga no passado, a proporção foi de 7,3%, e
entre os que usaram maconha nos 30 dias anteriores à abordagem, de 6,9%.
Os pesquisadores
apresentam algumas hipóteses para explicar a associação. Uma delas é a letargia
que a maconha costuma causar logo após o uso. Outra possível explicação é que o
uso crônico da droga levaria a problemas de motivação por alterar o sistema de
recompensa do cérebro, mediado pelo neurotransmissor dopamina.
Ainda que a maconha não
seja a causa direta da inatividade, tanto o sedentarismo quanto o uso da droga
são fatores de risco para a saúde física e mental do adolescente. O engajamento
em uma atividade física pode ser o gatilho para outros hábitos saudáveis, por
isso é tão importante que os jovens tenham acesso a diferentes modalidades de
exercício desde cedo.
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