RIO
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Um levantamento divulgado esta quinta-feira pelo Imperial College de Londres
mostrou que o Brasil tem a maior taxa de contágio do coronavírus do
mundo. O índice nacional é de 2,8 – ou seja, cada pessoa infectada pelo SARS-Cov-2 transmite
a doença para quase três pessoas. O estudo analisou a situação da pandemia em
48 nações.
De acordo com a
pesquisa, o país poderá registrar mais 5.680 óbitos por Covid-19 na
próxima semana. Até esta quarta-feira, o Brasil teve 5.466 mortes confirmadas pela doença.
Entre as nações analisadas, apenas Brasil e EUA apresentam
esta tendência na escalada do número de mortes.
O cálculo dos novos
óbitos foi feito baseado em uma média de casos mínimos (2.360) e casos máximos
(9.770) que poderão ocorrer no país na próxima semana, segundo os dados do
Imperial College.
Além do Brasil, a taxa
de contágio por coronavírus também é alta em países como Irlanda (2,24), México
(1,95) e Polônia (1,78). Já as menores taxas foram vistas na Grécia (0,44),
Suíça e Equador (em ambos os casos, 0,71).
Os especialistas
condicionam a análise do fim do isolamento ao cumprimento de cinco fatores:
a quantidade de leitos de UTI,
quedas sucessivas do número de mortes por 14 dias, baixa taxa de contágio, disponibilidade de equipamentos de proteção para
saúde e testes, além de um sistema de monitoramento que verifique se a
transmissão de casos está sob controle.
Nesta quarta-feira, uma
carta assinada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência alertou
que, se o Brasil não adotar em breve um plano de ação contra o coronavírus,
"os pronunciamentos do governo se resumirão a
informar o número de mortos".
A entidade lembra que o
país ainda não atingiu o pico da epidemia e que deve seguir as diretrizes
estipuladas pela Organização Mundial de Saúde, como o isolamento social.
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