FONTE: *** Giovanna Balogh (maesdepeito.blogosfera.uol.com.br).
Pipoca é algo que
toda criança adora e começa a consumir ainda pequena seja em casa, nas
festinhas ou até mesmo na própria escola. Os pais e cuidadores, no entanto,
devem redobrar a atenção na hora de oferecer e, se possível, retardar o seu
consumo por conta dos riscos de engasgo.
A recomendação da
Academia Americana de Pediatria é que a pipoca deveria ser oferecida somente
para crianças acima de quatro anos. Somente a partir desta idade é que elas
atingem a maturação no ato de mastigar. A nutricionista e autora do blog
Maternutri, Giselle Duarte, 36, explica que a pipoca é dura e não dissolve na
boca. “Com a mordida, ela vai soltando fragmentos e a criança pode
broncoaspirar e, aos poucos, esse alimento vai interrompendo a passagem de ar para
os pulmões”, explica.
Os pais devem ficar
atentos pois o sufocamento é uma das maiores causas de morte entre crianças,
ficando apenas atrás de acidentes de trânsito e afogamentos. Segundo
levantamento da ONG Criança Segura e o Datasus, sistema de dados do Ministério
da Saúde, em 2013 aumentou em 10% o número de mortes por sufocação, o único
tipo de morte que registrou crescimento. A morte por sufocação foi responsável
por 70% dos casos de mortes por acidentes em menores de 1 ano (veja quadro
abaixo).
OUTROS
ALIMENTOS.
Giselle, que é
docente no IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro), diz que os mesmos
cuidados devem ser tomados com outros produtos duros, como castanhas, nozes,
avelãs, amêndoas, amendoim e também com as salsichas. “Outros alimentos
grudentos devem ser evitados, como chicletes, algodão doce assim como os
alimentos escorregadios, como balas, uvas e tomate-cereja inteiros”, comenta.
A nutricionista
aconselha aos pais a fazer cortes nas uvas (sem caroço) e nos tomates
antes de oferecer aos filhos pequenos. “Quando se corta longitudinalmente há
afinamento no diâmetro desses alimentos o que facilita ele deslizar pela
garganta mesmo que seja minimamente mastigado. Outros alimentos como
uva-passas, frutas secas devem ser, sempre que possível, reidratadas com um
pouco de água quente antes de oferecer para a criança pequena”, recomenda a
nutricionista.
No caso do bebê
ou da criança engasgar, a nutricionista diz que a recomendação é sempre manter
a calma e ligar para o Corpo de Bombeiros, que passará as orientações por
telefone de como proceder. Uma recomendação para evitar os engasgos é sempre
ter um adulto por perto acompanhando a alimentação da criança. “Jamais dê um
alimento nas mãos da criança e vire as costas para fazer outra coisa. O engasgo
verdadeiro, aquele que precisa de manobra, muitas vezes é silencioso, a criança
fica sufocada e com isso nem consegue tossir!”, ressalta.
COMO PROCEDER EM CASOS DE ENGASGOS.
MANOBRA DE HEIMLICH*.
O que fazer.
- Enlaçar
a vítima com os braços em volta do abdome.
- Em
adultos:
posicionar-se atrás da vítima, se ela ainda está consciente.
- Em
crianças:
posicionar-se atrás da vítima, de joelhos.
- Uma
das mãos permanece fechada sobre a chamada “boca do estômago” (região
epigástrica). A outra mão, comprime a primeira, ao mesmo tempo em que
empurra a “boca do estômago'' para dentro e para cima, como se quisesse
levantar a vítima do chão.
- Efetuar
movimentos de compressão para dentro e para cima, até que a vítima elimine
o corpo estranho.
Engasgos em bebês.
Bebê consciente.
- Posicionar
o bebê de bruços em cima de seu braço e efetuar 5 compressões entre as
escápulas (no meio das costas).
- Virar
o bebê de barriga para cima em seu braço e efetuar 5 compressões sobre o
esterno (osso que divide o peito ao meio), na altura dos mamilos.
- Tentar
visualizar o corpo estranho e retirá-lo delicadamente.
- Se
não conseguir, repetir as compressões até a chegada a um serviço de
emergência (pronto socorro ou hospital).
Bebê inconsciente.
- Deitar
o bebê de costas em seu braço e liberar as vias aéreas (boca e nariz).
- Verificar
se o bebê respira.
- Se o
bebê não respira, efetuar 2 respirações boca-a-boca.
- Observar
expansão torácica; se não visualizar movimentos respiratórios, repetir a
liberação das vias aéreas e as 2 respirações.
*** Fonte: Hospital Albert Einstein.
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