segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SAIBA OS RISCOS DE DAR PIPOCA PARA AS CRIANÇAS PEQUENAS...

FONTE: *** Giovanna Balogh (maesdepeito.blogosfera.uol.com.br).

              

Pipoca é algo que toda criança adora e começa a consumir ainda pequena seja em casa, nas festinhas ou até mesmo na própria escola. Os pais e cuidadores, no entanto, devem redobrar a atenção na hora de oferecer e, se possível, retardar o seu consumo por conta dos riscos de engasgo.
A recomendação da Academia Americana de Pediatria é que a pipoca deveria ser oferecida somente para crianças acima de quatro anos. Somente a partir desta idade é que elas atingem a maturação no ato de mastigar. A nutricionista e autora do blog Maternutri, Giselle Duarte, 36, explica que a pipoca é dura e não dissolve na boca. “Com a mordida, ela vai soltando fragmentos e a criança pode broncoaspirar e, aos poucos, esse alimento vai interrompendo a passagem de ar para os pulmões”, explica.
Os pais devem ficar atentos pois o sufocamento é uma das maiores causas de morte entre crianças, ficando apenas atrás de acidentes de trânsito e afogamentos. Segundo levantamento da ONG Criança Segura e o Datasus, sistema de dados do Ministério da Saúde, em 2013 aumentou em 10% o número de mortes por sufocação, o único tipo de morte que registrou crescimento. A morte por sufocação foi responsável por 70% dos casos de mortes por acidentes em menores de 1 ano (veja quadro abaixo).

OUTROS ALIMENTOS.
Giselle, que é docente no IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro), diz que os mesmos cuidados devem ser tomados com outros produtos duros, como castanhas, nozes, avelãs, amêndoas, amendoim e também com as salsichas. “Outros alimentos  grudentos devem ser evitados, como chicletes, algodão doce assim como os alimentos escorregadios, como balas, uvas e tomate-cereja inteiros”, comenta.

A nutricionista aconselha aos pais a fazer cortes nas uvas (sem caroço)  e nos tomates antes de oferecer aos filhos pequenos. “Quando se corta longitudinalmente há afinamento no diâmetro desses alimentos o que facilita ele deslizar pela garganta mesmo que seja minimamente mastigado. Outros alimentos como uva-passas, frutas secas devem ser, sempre que possível, reidratadas com um pouco de água quente antes de oferecer para a criança pequena”, recomenda a nutricionista.

No caso do  bebê ou da criança engasgar, a nutricionista diz que a recomendação é sempre manter a calma e ligar para o Corpo de Bombeiros, que passará as orientações por telefone de como proceder. Uma recomendação para evitar os engasgos é sempre ter um adulto por perto acompanhando a alimentação da criança. “Jamais dê um alimento nas mãos da criança e vire as costas para fazer outra coisa. O engasgo verdadeiro, aquele que precisa de manobra, muitas vezes é silencioso, a criança fica sufocada e com isso nem consegue tossir!”, ressalta.

          

COMO PROCEDER EM CASOS DE ENGASGOS.

MANOBRA DE HEIMLICH*.

O que fazer.
  • Enlaçar a vítima com os braços em volta do abdome.
    • Em adultos: posicionar-se atrás da vítima, se ela ainda está consciente.
    • Em crianças: posicionar-se atrás da vítima, de joelhos.
  • Uma das mãos permanece fechada sobre a chamada “boca do estômago” (região epigástrica). A outra mão, comprime a primeira, ao mesmo tempo em que empurra a “boca do estômago'' para dentro e para cima, como se quisesse levantar a vítima do chão.
  • Efetuar movimentos de compressão para dentro e para cima, até que a vítima elimine o corpo estranho.
Engasgos em bebês.

        Bebê consciente.
  • Posicionar o bebê de bruços em cima de seu braço e efetuar 5 compressões entre as escápulas (no meio das costas).
  • Virar o bebê de barriga para cima em seu braço e efetuar 5 compressões sobre o esterno (osso que divide o peito ao meio), na altura dos mamilos.
  • Tentar visualizar o corpo estranho e retirá-lo delicadamente.
  • Se não conseguir, repetir as compressões até a chegada a um serviço de emergência (pronto socorro ou hospital).
Bebê inconsciente.
  • Deitar o bebê de costas em seu braço e liberar as vias aéreas (boca e nariz).
  • Verificar se o bebê respira.
  • Se o bebê não respira, efetuar 2 respirações boca-a-boca.
  • Observar expansão torácica; se não visualizar movimentos respiratórios, repetir a liberação das vias aéreas e as 2 respirações.

*** Fonte:  Hospital Albert Einstein.

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