FONTE: *** ARTIGO DE ESPECIALISTA, (www.minhavida.com.br).
Dores de cabeça associadas a
tontura podem ser sinal de enxaqueca vestibular.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia,
a enxaqueca acomete cerca de 30 milhões de brasileiros. Estudos
recentes apontam que aproximadamente 50% das pessoas com enxaqueca vão
apresentar tonturas junto com suas dores de cabeça. Estamos falando de 15
milhões de brasileiros que podem apresentar a enxaqueca vestibular em alguma
fase de sua vida e não sabem disso. A maioria das pessoas acredita que a
enxaqueca é apenas uma dor de cabeça forte,
mas atualmente já sabemos que ela é uma doença neurológica, com múltiplos
sintomas, entre eles a tontura.
Enxaqueca vestibular.
Enxaqueca vestibular é a associação de enxaqueca e
tonturas em uma mesma pessoa. Ela pode acontecer em qualquer idade, desde
crianças até idosos. Em adultos com menos de 55 anos de idade ela é a principal
causa de tonturas crônicas. Pessoas com enxaqueca podem apresentar tontura em
crises, que duram de minutos até dias, ou mesmo ser crônica, diária, por longos
períodos. Podem ter vários tipos de tonturas, desde as chamadas vertigens,
onde temos a sensação de que tudo roda ao nosso redor, ou do tipo
desequilíbrio, se sentir flutuando, balançando, com sensação de cabeça vazia,
como se estive bêbado ou viajando em um barco. Essas tonturas podem vir juntas
á uma crise de dor de cabeça, que pode ser típica da enxaqueca, de forte
intensidade, ou mais leve.
Contudo, pelo menos 30% das pessoas podem ter suas crises
de enxaqueca e de tontura acontecendo sempre separadas, e aí começa a confusão
com um diagnóstico chamado labirintite.
Labirintite.
A labirintite,
por definição, é uma infecção de causa viral ou bacteriana do labirinto. Ela
ocorre de forma aguda, muito intensa, com uma tontura do tipo vertigem que
incapacita a pessoa para as suas atividades. Náuseas e vômitos podem acompanhar o quadro que pode durar
semanas até sua total resolução e, muitas vezes, acomete também a audição, com
perdas auditivas. Exames do labirinto se mostram alterados. Mas, como toda
infecção, ela deve ser tratada e curada e não existem labirintites crônicas.
Esse termo é erroneamente utilizado pela população para qualquer tipo de
tontura, e aí a frustração pela não melhora do quadro com tratamentos
utilizados para doenças do labirinto em pessoas que, na verdade, podem ter a
enxaqueca vestibular.
Tontura na enxaqueca vestibular.
A tontura na enxaqueca vestibular não é causada por
nenhuma doença do labirinto. Exames que avaliam audição e a função do labirinto
nessas pessoas, em geral, são normais. A tontura vem do cérebro. Pessoas com
enxaqueca tem um cérebro mais sensível aos estímulos do ambiente como luzes,
barulho, cheiros, mudanças climáticas e também ao movimento. Por isso costumam
perceber e entender essas informações de forma mais intensa, principalmente no
pico de uma crise de dor de cabeça, mas também fora dela. Essa sensibilidade
aos movimentos geram as tonturas.
Pessoas com enxaqueca vestibular em geral são muito
sensíveis a movimentos como andar de carro, ônibus, barco, ver cenas rápidas em
televisão, computadores ou mesmo objetos em movimento. São mais sensíveis
também aos movimentos do próprio corpo como mudar de posição, pular, caminhar
em esteiras ou mesmo virar a cabeça. Esses são os desencadeantes mais comuns de
tonturas e também de dor de cabeça nessas pessoas. Mas tonturas na enxaqueca
vestibular também podem ser provocadas por estresse, jejum prolongado, dormir
pouco, menstruação, exercício físico, cheiros fortes, luzes em excesso, barulho
e alimentos.
Se você tem tonturas recorrentes, dor de cabeça e
sensibilidade ao movimento, que não melhoram com tratamentos convencionais para
doenças do labirinto, você pode ter enxaqueca vestibular. A enxaqueca é a
principal causa de tonturas em crianças e adultos jovens. A tontura é um
sintoma importante da enxaqueca para muitas pessoas e tem tratamento. Procure
um neurologista.
NEUROLOGIA - CRM 110217/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA.
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