FONTE: Giovanna Balogh, (maesdepeito.blogosfera.uol.com.br).
Diariamente as
mulheres são desencorajadas a amamentar. Diante da primeira dificuldade seja de
um seio rachado, de um choro mais insistente do bebê ou pelo cansaço por conta
das noites em claro logo aparece alguém para aconselhar a mulher a dar leite
artificial para o bebê.
“Pare de sofrer e dá
logo uma mamadeira para ele”. Essa frase é muito comum ser ouvida pela nova mãe
que, insegura, acaba se rendendo ao que a sociedade considera “mais fácil”.
Esterilizar a
mamadeira, aquecer a água e misturar com o leite em pó não é nada mais prático
do que tirar o peito para fora e oferecer ao bebê quando e onde ele quiser. Já
vem na temperatura ideal fora as infinitas vantagens no ponto de vista
nutricional que nenhum leite artificial é capaz de chegar perto.
Se você é mãe e pensa
que seu leite é fraco, que seu leite secou, que seu bico invertido não vai
permitir que você amamente pare e reflita um pouco. Respire e confia.
Amamentação é um processo de entrega e que a mãe precisa acreditar que como
todo mamífero ela é capaz de dar o melhor alimento ao seu filho.
Dificuldades podem e
devem surgir, principalmente, no primeiro mês de vida do bebê. Para não “cair
em tentação” não tenha mamadeiras, chupetas e leites artificiais em casa. Não
compre esses itens no seu enxoval.
O importante é não desistir
na primeira dificuldade e procurar um banco de leite ou uma consultora de
amamentação que realmente vão te apoiar para ter uma amamentação prazerosa e
bem sucedida.
O blog Mães
de Peito fez uma lista com os 15 principais mitos da amamentação.
Confira:
MITO 1 – Meu
leite é “fraco” ou secou.
Nenhum leite é fraco pois a mãe produz o leite com a quantidade de nutrientes ideais para o seu bebê. O leite que uma mãe produz para um filho, por exemplo, nunca será igual ao produzido para os outros filhos. Toda mãe tem leite e, caso tenha baixa produção, ela deve amamentar mais vezes ao dia, ou seja, ser adepta da livre demanda (sempre que o bebê quer) para que consiga produzir mais. Essa mulher precisa de descanso, ingerir muita água e, é claro, apoio e orientação.
Nenhum leite é fraco pois a mãe produz o leite com a quantidade de nutrientes ideais para o seu bebê. O leite que uma mãe produz para um filho, por exemplo, nunca será igual ao produzido para os outros filhos. Toda mãe tem leite e, caso tenha baixa produção, ela deve amamentar mais vezes ao dia, ou seja, ser adepta da livre demanda (sempre que o bebê quer) para que consiga produzir mais. Essa mulher precisa de descanso, ingerir muita água e, é claro, apoio e orientação.
MITO 2 –
Não tenho “bico” para amamentar.
Mulheres com bico plano, protuso, invertido ou pseudo-invertido podem amamentar e, de preferência, sem o bico de silicone. O bebê mama a aréola e não o bico. Ao mamar, o bebê ordenha a mama inteira e o bico se forma com o passar do tempo.
Mulheres com bico plano, protuso, invertido ou pseudo-invertido podem amamentar e, de preferência, sem o bico de silicone. O bebê mama a aréola e não o bico. Ao mamar, o bebê ordenha a mama inteira e o bico se forma com o passar do tempo.
MITO 3 –
Colostro não alimenta.
Muitas maternidades introduzem o leite artificial em recém-nascidos pois a mãe tem ‘só colostro’. O colostro é uma vacina completa para a perfeita colonização do intestino sensível do bebê. Ele é rico em proteínas, ou seja, deixa o bebê saciado. A apojadura (descida do leite) deve ocorrer de 48h a 72h após o parto.
Muitas maternidades introduzem o leite artificial em recém-nascidos pois a mãe tem ‘só colostro’. O colostro é uma vacina completa para a perfeita colonização do intestino sensível do bebê. Ele é rico em proteínas, ou seja, deixa o bebê saciado. A apojadura (descida do leite) deve ocorrer de 48h a 72h após o parto.
MITO 4 –
Amamentar é automático.
Amamentar é um ato fisiológico, ou seja, natural e nada automático. Para a amamentação dar certo, é preciso estimular o contato pele a pele e a amamentação na primeira hora de vida e, é claro, alojamento conjunto nas maternidades. A mãe precisa de orientação e apoio para posicionar corretamente o bebê para que ele faça a pega correta para evitar, por exemplo, as fissuras.
Amamentar é um ato fisiológico, ou seja, natural e nada automático. Para a amamentação dar certo, é preciso estimular o contato pele a pele e a amamentação na primeira hora de vida e, é claro, alojamento conjunto nas maternidades. A mãe precisa de orientação e apoio para posicionar corretamente o bebê para que ele faça a pega correta para evitar, por exemplo, as fissuras.
MITO 5 – Não
pode amamentar com fissuras nos seios.
As fissuras são ocasionadas pela pega incorreta da boca do bebê no seio materno. Ao corrigir a pega, a tendência é que as fissuras melhorem. O próprio leite materno ajuda a cicatrizar as feridas. A mãe deve continuar a amamentação e, caso não consiga dar um dos seios, continue fazendo a ordenha nele para que não ocorra o ingurgitamento da mama. O ideal é continuar amamentando nos dois seios.
As fissuras são ocasionadas pela pega incorreta da boca do bebê no seio materno. Ao corrigir a pega, a tendência é que as fissuras melhorem. O próprio leite materno ajuda a cicatrizar as feridas. A mãe deve continuar a amamentação e, caso não consiga dar um dos seios, continue fazendo a ordenha nele para que não ocorra o ingurgitamento da mama. O ideal é continuar amamentando nos dois seios.
MITO 6 –
Amamentar dói.
A amamentação não pode doer. Se dói é porque algo está errado. Ou o bebê não está abocanhando a aréola corretamente, ou o bebê tem o freio lingual curto, ou a posição dele no colo da mãe não está correta. Precisa ser investigado se a dor é porque as mamas estão muito cheias ou se há problemas mais sérios como candidíase mamária ou mastite, por exemplo.
A amamentação não pode doer. Se dói é porque algo está errado. Ou o bebê não está abocanhando a aréola corretamente, ou o bebê tem o freio lingual curto, ou a posição dele no colo da mãe não está correta. Precisa ser investigado se a dor é porque as mamas estão muito cheias ou se há problemas mais sérios como candidíase mamária ou mastite, por exemplo.
MITO 7 –
Próteses mamárias ou mamoplastia impedem amamentação.
A maioria das mulheres que fez essas cirurgias estéticas consegue amamentar, principalmente, quem fez a operação recentemente onde são usadas técnicas mais modernas. O risco maior é quando a incisão é feita pela aréola pois pode ocasionar o corte dos ductos mamários. O que acontece é que se a mulher encontra qualquer dificuldade normalmente vai culpar a cirurgia.
A maioria das mulheres que fez essas cirurgias estéticas consegue amamentar, principalmente, quem fez a operação recentemente onde são usadas técnicas mais modernas. O risco maior é quando a incisão é feita pela aréola pois pode ocasionar o corte dos ductos mamários. O que acontece é que se a mulher encontra qualquer dificuldade normalmente vai culpar a cirurgia.
MITO 8- Meu peito
é pequeno ou grande demais.
Tamanho do seio não interfere em nada a amamentação.
Tamanho do seio não interfere em nada a amamentação.
MITO 9 –
O bebê precisa de horários definidos para mamar.
Nenhum bebê precisa mamar de 3h em 3h. Estabelecer horários só dificulta a amamentação. Amamentar em livre demanda (sempre que o bebê quer) facilita todo o processo e evita a introdução de bicos artificiais, como as chupetas e mamadeiras.
Nenhum bebê precisa mamar de 3h em 3h. Estabelecer horários só dificulta a amamentação. Amamentar em livre demanda (sempre que o bebê quer) facilita todo o processo e evita a introdução de bicos artificiais, como as chupetas e mamadeiras.
MITO 10 –
Devo dar de mamar 15 minutos em cada seio.
Um dos maiores erros é cronometrar as mamadas. O ideal é dar um peito a cada mamada assim o bebê recebe um aporte maior de gordura já que os ductos mais baixos secretam leite mais rico em sais minerais, que é o que hidrata, mata a sede. Já os ductos mais altos secretam o leite mais gorduroso, mais rico em lipídios que faz com que o bebê se sinta saciado e ganhe peso. Leia mais sobre o assunto clicando aqui
Um dos maiores erros é cronometrar as mamadas. O ideal é dar um peito a cada mamada assim o bebê recebe um aporte maior de gordura já que os ductos mais baixos secretam leite mais rico em sais minerais, que é o que hidrata, mata a sede. Já os ductos mais altos secretam o leite mais gorduroso, mais rico em lipídios que faz com que o bebê se sinta saciado e ganhe peso. Leia mais sobre o assunto clicando aqui
MITO 11 –
Mama muito cheia não interfere a amamentação.
A mama muito cheia pode sim atrapalhar a amamentação. Quando acontece a apojadura a mulher deve fazer uma ordenha manual para amolecer a aréola para que o bebê possa ter mais facilidade para abocanhar o seio materno.
A mama muito cheia pode sim atrapalhar a amamentação. Quando acontece a apojadura a mulher deve fazer uma ordenha manual para amolecer a aréola para que o bebê possa ter mais facilidade para abocanhar o seio materno.
MITO 12 – Bicos
artificiais não interferem na amamentação
Utilizar bicos artificias, como mamadeiras e chupetas, comprometem a amamentação, principalmente, se forem introduzidas precocemente. Ao mamar no peito, o bebê faz um movimento diferente com a língua para fazer a sucção para a descida do leite. Na mamadeira o leite sai sozinho e, por ser mais fácil, pode fazer o bebê rejeitar o seio materno.
Utilizar bicos artificias, como mamadeiras e chupetas, comprometem a amamentação, principalmente, se forem introduzidas precocemente. Ao mamar no peito, o bebê faz um movimento diferente com a língua para fazer a sucção para a descida do leite. Na mamadeira o leite sai sozinho e, por ser mais fácil, pode fazer o bebê rejeitar o seio materno.
MITO 13 – Dei
mamadeira e ele não quer mais só mamar no peito.
A mãe que quer continuar amamentando pode buscar uma consultora em aleitamento materno para ensiná-la a usar o relactador que oferece um volume extra de leite ao bebê. A mãe pode optar pela relactação (com o seu próprio leite) ou a translactação (com leite artificial) onde é colocada uma sonda para o bebê sugar o peito e o outro leite também. Desta maneira, ele estimula as mamas e pode aos poucos voltar a mamar exclusivamente no seio materno.
A mãe que quer continuar amamentando pode buscar uma consultora em aleitamento materno para ensiná-la a usar o relactador que oferece um volume extra de leite ao bebê. A mãe pode optar pela relactação (com o seu próprio leite) ou a translactação (com leite artificial) onde é colocada uma sonda para o bebê sugar o peito e o outro leite também. Desta maneira, ele estimula as mamas e pode aos poucos voltar a mamar exclusivamente no seio materno.
MITO 14 –
Quando nascem os dentinhos, é hora de desmamar.
Muitas pessoas pensam que o leite materno é importante apenas até a criança completar o sexto mês de vida, quando começa a introdução a alimentar. O correto é que o leite materno seja oferecido como forma complementar a outros alimentos até o bebê ter dois anos ou mais.
Muitas pessoas pensam que o leite materno é importante apenas até a criança completar o sexto mês de vida, quando começa a introdução a alimentar. O correto é que o leite materno seja oferecido como forma complementar a outros alimentos até o bebê ter dois anos ou mais.
MITO 15 –
Preciso desmamar pois volto a trabalhar.
A mãe que volta a trabalhar pode fazer a ordenha do seu leite e deixar para ser ofertado ao seu bebê na sua ausência. A ordenha pode ser feita de forma manual ou com uso de bombas. Veja como voltar ao trabalho e seguir com a amamentação
A mãe que volta a trabalhar pode fazer a ordenha do seu leite e deixar para ser ofertado ao seu bebê na sua ausência. A ordenha pode ser feita de forma manual ou com uso de bombas. Veja como voltar ao trabalho e seguir com a amamentação
***
Sobre a autora.
A jornalista Giovanna
Balogh, 34 anos, mãe de Bento, 5, e Vicente, 3, sempre gostou de apurar e
escrever. Após ser mãe, passou a fazer reportagens sobre maternidade para
ajudar gestantes, mães e pais sobre os dilemas da vida com filhos.
Formada em 2002, a
jornalista trabalhou de novembro de 2005 a abril de 2015 na Folha de S. Paulo
onde ocupou diferentes funções. No último ano, também mantinha um blog de
maternidade no jornal. Também foi repórter por três anos do extinto Jornal da
Tarde.
Sobre o blog.
O blog traz
informações sobre maternidade ativa, parto respeitoso, amamentação, criação com
apego e direitos das mulheres.
Contato.
Para parcerias
promocionais e de negócios, ou questões pessoais, entre em contato em: maesdepeito@gmail.com

Nenhum comentário:
Postar um comentário