“Não adianta
somente realizar exames e manter hábitos irregulares", diz cardiologista.
Sabe aquelas recomendações que todos os médicos dão e a
maioria das pessoas não presta a menor atenção, tais como não fumar, ter uma
alimentação saudável com pouca gordura, fazer uma atividade física, beber
bastante água e ter planos e lazer? Elas são a diferença entre a vida e a morte
quando o assunto é a prevenção dos cânceres, inclusive o de mama, e das doenças
do coração.
Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que, no
Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente por esse tipo de enfermidade. Sendo
que a maioria das mortes prematuras poderia ser evitada com diagnóstico
precoce, tratamentos específicos e a adoção de um estilo de vida mais saudável.
Cerca de 90% das pessoas que sofrem um infarto apresentam um ou mais destes
fatores. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) pontua que mais de 90% dos
tumores malignos são provocados pelos chamados fatores ambientais e de risco e,
apenas 10% dos casos estão relacionados com questões genéticas.
Para o cardiologista e gestor de Prática Médica do
Hospital Cárdio Pulmonar Eduardo Darzé, as pessoas confundem prevenção com
fazer exames. “Não adianta somente realizar exames e manter hábitos irregulares
ou o colesterol e a pressão mal controlados”, diz o cardiologista, ressaltando
que o controle dos fatores de risco deve começar ainda na infância, com a
adoção de um estilo de vida saudável.
Com uma postura parecida, a oncologista do
Instituto AMO e do Hospital da Bahia Vanessa Dybal explica essa relação da
prevenção e o surgimento do câncer com um comparativo simples com uma receita
de bolo. “Os fatores de risco são como os ingredientes de uma receita. Se você
erra em um ou outro, ainda assim o bolo pode dar certo, mas se você acumula
enganos nas dosagens, sem dúvida, o bolo solará”, completa.
Ela destaca que a alimentação por si só, por exemplo,
pode não ser um fator determinante, mas se alia a outros fatores como o
tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, o período pós-menopausa e a ingestão
excessiva de hormônios, onde as probabilidades do desenvolvimento do câncer
aumentam. “Se sabemos qual o caminho de prevenção, por que não segui-lo?”,
questiona a oncologista.
Cuidados femininos.
Quando o assunto é saúde feminina, os médicos são unânimes em ressaltar como os fatores de risco são determinantes. Segundo o Ministério da Saúde, a incidência de morte por doenças cardiovasculares é de 53% quando comparada aos 4% do câncer de mama. “Os corações das mulheres são diferentes dos corações dos homens. Elas têm corações proporcionalmente menores e mais rápidos. Depois da batida, da contração, elas levam mais tempo para relaxar as fibras cardíacas”, explica o cardiologista Marcelo Batista.
Quando o assunto é saúde feminina, os médicos são unânimes em ressaltar como os fatores de risco são determinantes. Segundo o Ministério da Saúde, a incidência de morte por doenças cardiovasculares é de 53% quando comparada aos 4% do câncer de mama. “Os corações das mulheres são diferentes dos corações dos homens. Elas têm corações proporcionalmente menores e mais rápidos. Depois da batida, da contração, elas levam mais tempo para relaxar as fibras cardíacas”, explica o cardiologista Marcelo Batista.
O médico chama atenção para o fato de que os
sintomas de ataque cardíaco também são diferentes entre mulheres e homens e
muitas vezes o atendimento demora porque, enquanto dor no peito em homem é
sempre suspeita de coração, não há o mesmo comportamento com mulheres. “A
própria impressão de que as mulheres têm um risco menor que o dos homens leva a
menos cuidados”, alerta o especialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário