FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Médicos alertam: mulheres estão mais expostas do
que homens e a proteção da camisinha jamais deve ser descartada.
Não há
quem não se lembre do episódio em que a modelo e apresentadora Daniella
Cicarelli foi flagrada trocando carícias no mar com o namorado.
A atriz
Giovana Ewbank, mulher do ator Bruno Gagliasso confessou à revista
Playboy que adora fazer sexo na areia. Bruna Lombardi também admitiu já ter
transado várias vezes na praia.
Parte
da fantasia (ou da realidade, como admitiu Lombardi) de muitos casais, o sexo
na areia da praia ou dentro do mar não está livre de riscos. Especialistas em
saúde feminina e masculina fazem o alerta: sexo nesses ambientes deixa o casal
mais propício a doenças sim.
“Nos
homens, são mais comuns as reações alérgicas, já que o órgão sexual masculino é
externo. Nas mulheres o mais comum são as infecções", afirma a
ginecologista Flavia Fairbanks, de São Paulo.
A
poluição da água é a principal fonte de doenças. O ginecologista e obstetra
Domingos Mantelli Borges explica que o mar é cheio de bactérias e coliformes
fecais, que são empurrados pelo pênis para dentro da vagina no momento da
penetração. Ele ressalta também que as partículas de areia e o sal presentes na
água podem causar irritação.
“Nesse
meio, a lubrificação fica prejudicada, o atrito é maior e a probabilidade de
aparecerem machucados e fissuras também”, afirma.
Essa é
a principal porta de entrada para infecções oportunistas como a candidíase,
completa a ginecologista Denise Coimbra.
A candidíase é
uma infecção causada por fungos. Os principais sintomas são corrimento, dor na
relação sexual ou ao urinar, coceira e queimação na vagina e inchaço e
vermelhidão na vulva.
Outra
complicação possível é a cistite, uma infecção do trato urinário causada
por bactérias que entram pela uretra. Ardência ao urinar e urgência frequente
de ir ao banheiro são os principais sintomas.
Piscina e cloro.
A mesma
preocupação é válida para piscinas. A presença de cloro na água não é
suficiente para reduzir os riscos e pode até desequilibrar o PH vaginal,
deixando a mulher mais suscetível a doenças.
“A
possibilidade de infecção permanece, a água vai ser empurrada para dentro da
região”, diz Borges. Ele adverte para o que considera ainda mais preocupante:
as chances de contrair doenças sexualmente transmissíveis. “Cloro não mata
esperma e nem afasta o risco de DST.”
Proteção sempre.
No mar
ou na piscina, os especialistas reforçam o uso de preservativo. A recomendação
é colocar a camisinha antes da penetração, de preferência com o pênis ainda
limpo, sem areia, e utilizar um lubrificante à base de silicone, que não é
solúvel em água. Mesmo com esses cuidados, os médicos afirmam que a
durabilidade do preservativo fica comprometida.
“É uma
relação menos segura. Costumo aconselhar: comece as brincadeiras na água, mas
tenha a relação no seco. É mais confiável”, adverte Borges.
Vale a
pena ainda observar alguns cuidados posteriores ao sexo. A ginecologista Flávia
Fairbanks recomenda uma higienização simples. “Lavar a região com água e sabão
neutro.” Denise Coimbra relembra que a qualquer sinal de irritação ou dor na
região, deve-se procurar um médico.
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