sexta-feira, 1 de julho de 2016

LEITE DEPOIS DOS 50, SIM OU NÃO?...

FONTE: , Diana Cortez, (www.msn.com).

Apesar de considerado um item obrigatório em nossa dieta por anos, o leite pode não ser assim tão fundamental na nossa dieta. Entenda a seguir. 
Ao contrário do que costumamos pensar, o leite está na lista dos alimentos mais polêmicos. Isso porque, ao mesmo tempo em que diversos estudos revelam os benefício que ele traz para o organismo, muitos outros o apontam como vilão, responsável até mesmo pelo desenvolvimento de algumas doenças, como o câncer de mama e de próstata.
Para se ter ideia, o departamento de nutrição da Universidade de Harvard retirou o leite e seus derivados de sua nova pirâmide alimentar em 2011. A orientação a partir de então é limitar o consumo desses itens, uma vez que pesquisas realizadas na universidade concluíram que a gordura saturada e os componentes químicos usados para produzi-lo poderiam tornar o velho copinho de leite um alimento de alto risco.
Mas será que realmente precisamos consumi-lo? Primeiro, é importante saber que o ser humano é o único mamífero que continua consumindo leite depois de adulto. E que essa onda de pessoas intolerantes à lactose tem um motivo de existir.
É que quando somos bebês, nosso corpo produz uma enzima chamada lactase, responsável pela degradação do açúcar do leite (a lactose). Acontece que, com os passar dos anos, a enzima diminui. Assim, algumas pessoas passam a ter sintomas quando consomem o alimento, como inchaço, má digestão, dores de estômago, flatulência, náuseas, entre outros.
“A intolerância à lactose nos adultos é muito comum, pois a deficiência de lactase afeta cerca de 75% da população mundial adulta”, fala a nutricionista especialista em nutrição clínica, funcional e fitoterapia Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo. Isso mostra que estamos forçando um pouco a barra ao consumi-lo com tanta frequência.

Ossos fortes X consumo de leite.
Por ser rica em cálcio, o leite acabou entrando na dieta como item obrigatório que atuaria na prevenção da osteoporose. No entanto, existem estudos como o da pesquisadora Diane Feskanich, publicado no American Journal of Public Health, que não endossa a ideia de que o consumo do leite estaria associado com a prevenção de fraturas ósseas. O artigo coloca ainda que mesmo os grandes países consumidores de leite do mundo (EUA, Canadá e Austrália) possuem também a maior incidência de osteoporose.
A especialista em nutrição funcional, Flavia Meddeiros, também proprietária da empresa 7 Princípios da Terra, em São Paulo, afirma que esse mineral sozinho não faz milagres. “Para evitar a osteoporose é preciso combinar outros nutrientes com o cálcio, como o magnésio, vitamina B3 e k2”, esclarece.
Ela lembra ainda que os vegetais verde-escuros também são fontes do mineral e comenta: “o cálcio é consumido pelas vacas através do capim, ou seja, da natureza verde”. Então, é possível garantir o mineral investindo um cardápio com couve (145 mg em 100 g), mostarda chinesa (103 mg em 100 g), brócolis (86 mg em 100 g), entre outros. “A recomendação da ingestão de cálcio para adultos acima de 50 anos é de 1.000 a 1.200 mg/dia para ambos os sexos”, fala Roseli Rossi. Confira a seguir outros alimentos que podem fornecer boas quantidades do mineral para sua dieta:
O cálcio nos alimentos.
Alimentos
Conteúdo de cálcio (mg/100g)
Amêndoas
234,6
Melado
204,9
Avelã
186,7
Castanha-do-Brasil
175,7
Espinafre cozido
147,4
Feijão de soja cozido
138,4
Tofu
111,3
Beterraba cozida
95,6
Sardinha sem pele
84
Ameixa seca
50,6
Ovo cozido
50
Gérmen de trigo
45,7
Laranja
39,6
Abóbora cozida
26
Banana
5,9
Fonte: HANDS, E.S. Nutrients in food. Lippincott Williams & Wilkins, 2000.
Leite puro!?
Outro ponto de atenção na opinião de Flavia Meddeiros é em relação à composição do leite industrializado. “Ele traz alta concentração de agrotóxicos e hormônios triplicados através de processos de fertilização para evitar a pausa da produção pelas vacas, que são os responsáveis pelos cânceres mencionados na pesquisa de Harvard”, alerta.
Mas se você faz questão de consumir o produto e seus derivados, Roseli orienta: “se você não apresenta nenhum distúrbio gastro-intestinal, resistência insulínica, doenças auto-imunes, nem alergias e toma em pequenas quantidades, além de fazer uma alimentação adequada, até sugiro manter o leite na dieta. Mas isso é muito difícil de acontecer”. Portanto, avalie sua saúde e, se achar necessário, faça um teste e fique sem leite por 20 ou 30 dias. A partir daí, decida se vale a pena mantê-lo na dieta.

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