FONTE:
, Diana Cortez, (www.msn.com).
Apesar de considerado um item obrigatório em nossa dieta
por anos, o leite pode não ser assim tão fundamental na nossa
dieta. Entenda a seguir.
Ao
contrário do que costumamos pensar, o leite está na lista dos alimentos
mais polêmicos. Isso porque, ao mesmo tempo em que diversos estudos revelam os
benefício que ele traz para o organismo, muitos outros o apontam como vilão,
responsável até mesmo pelo desenvolvimento de algumas doenças, como o câncer de
mama e de próstata.
Para
se ter ideia, o departamento de nutrição da Universidade de Harvard retirou o
leite e seus derivados de sua nova pirâmide alimentar em 2011. A orientação a
partir de então é limitar o consumo desses itens, uma vez que pesquisas
realizadas na universidade concluíram que a gordura saturada e os
componentes químicos usados para produzi-lo poderiam tornar o velho copinho de
leite um alimento de alto risco.
Mas
será que realmente precisamos consumi-lo? Primeiro, é importante saber que
o ser humano é o único mamífero que continua consumindo leite depois de adulto.
E que essa onda de pessoas intolerantes à lactose tem um motivo de existir.
É
que quando somos bebês, nosso corpo produz uma enzima chamada lactase,
responsável pela degradação do açúcar do leite (a lactose). Acontece que, com
os passar dos anos, a enzima diminui. Assim, algumas pessoas passam a ter
sintomas quando consomem o alimento, como inchaço, má digestão, dores de estômago,
flatulência, náuseas, entre outros.
“A
intolerância à lactose nos adultos é muito comum, pois a deficiência de lactase
afeta cerca de 75% da população mundial adulta”, fala a nutricionista
especialista em nutrição clínica, funcional e fitoterapia Roseli Rossi, da
Clínica Equilíbrio Nutricional, em São Paulo. Isso mostra que estamos forçando
um pouco a barra ao consumi-lo com tanta frequência.
Ossos fortes X consumo de leite.
Por ser rica em cálcio, o
leite acabou entrando na dieta como item obrigatório que atuaria na
prevenção da osteoporose. No entanto, existem estudos como o da pesquisadora
Diane Feskanich, publicado no American Journal of Public Health, que não
endossa a ideia de que o consumo do leite estaria associado com a prevenção de
fraturas ósseas. O artigo coloca ainda que mesmo os grandes países consumidores
de leite do mundo (EUA, Canadá e Austrália) possuem também a maior incidência
de osteoporose.
A especialista em nutrição funcional,
Flavia Meddeiros, também proprietária da empresa 7 Princípios da Terra, em São
Paulo, afirma que esse mineral sozinho não faz milagres. “Para evitar a
osteoporose é preciso combinar outros nutrientes com o cálcio, como o magnésio,
vitamina B3 e k2”, esclarece.
Ela lembra ainda que os vegetais
verde-escuros também são fontes do mineral e comenta: “o cálcio é consumido
pelas vacas através do capim, ou seja, da natureza verde”. Então, é possível
garantir o mineral investindo um cardápio com couve (145 mg em 100 g), mostarda
chinesa (103 mg em 100 g), brócolis (86 mg em 100 g), entre outros. “A
recomendação da ingestão de cálcio para adultos acima de 50 anos é de 1.000 a
1.200 mg/dia para ambos os sexos”, fala Roseli Rossi. Confira a seguir outros
alimentos que podem fornecer boas quantidades do mineral para sua dieta:
O
cálcio nos alimentos.
Alimentos
|
Conteúdo de cálcio
(mg/100g)
|
Amêndoas
|
234,6
|
Melado
|
204,9
|
Avelã
|
186,7
|
Castanha-do-Brasil
|
175,7
|
Espinafre cozido
|
147,4
|
Feijão de soja cozido
|
138,4
|
Tofu
|
111,3
|
Beterraba cozida
|
95,6
|
Sardinha sem pele
|
84
|
Ameixa seca
|
50,6
|
Ovo cozido
|
50
|
Gérmen de trigo
|
45,7
|
Laranja
|
39,6
|
Abóbora cozida
|
26
|
Banana
|
5,9
|
Fonte: HANDS, E.S. Nutrients in food.
Lippincott Williams & Wilkins, 2000.
Leite puro!?
Outro ponto de atenção na opinião de
Flavia Meddeiros é em relação à composição do leite industrializado. “Ele traz
alta concentração de agrotóxicos e hormônios triplicados através de processos
de fertilização para evitar a pausa da produção pelas vacas, que são os
responsáveis pelos cânceres mencionados na pesquisa de Harvard”, alerta.
Mas se você faz questão de consumir o
produto e seus derivados, Roseli orienta: “se você não apresenta nenhum
distúrbio gastro-intestinal, resistência insulínica, doenças auto-imunes, nem
alergias e toma em pequenas quantidades, além de fazer uma alimentação
adequada, até sugiro manter o leite na dieta. Mas isso é muito difícil de
acontecer”. Portanto, avalie sua saúde e, se achar necessário, faça um teste e
fique sem leite por 20 ou 30 dias. A partir daí, decida se vale a pena
mantê-lo na dieta.
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