FONTE:
julianateofilo em
Bem-Estar, (tribunadoceara.uol.com.br).
Além de revelar as
preferências entre os cirurgiões, a pesquisa revelou uma preocupante reticência
quanto às novas tecnologias.
Um estudo publicado no Plastic and Reconstructive
Surgery, jornal médico oficial da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos
(ASPS), apontou que, apesar de não haver uma única abordagem
quando se trata de cirurgias mamárias, pode-se produzir uma lista de ações que
otimizam o procedimento.
“Não existe uma única abordagem cirúrgica para o
aumento das mamas, mas de acordo com a nova pesquisa, há um consenso sobre como
realizar o procedimento entre muitos cirurgiões. Os autores do estudo observam
que os cirurgiões plásticos têm sido lentos em adotar algumas novas
tecnologias, muitas vezes, pela falta de percepção de evidências sobre
a segurança ou eficácia dos mesmos”, relata o cirurgião plástico Ruben
Penteado.
Para chegar a esses resultados, os pesquisadores
enviaram um questionário eletrônico para cerca de 5 mil cirurgiões
americanos ativos para avaliar as técnicas usadas nas cirurgias mamárias e suas
ressalvas sobre o assunto. Destes, 1.067 cirurgiões responderam às perguntas
que apontaram para cinco tendências claras.
Os cirurgiões plásticos normalmente preferem
os implantes em forma circular ao invés dos que têm a forma de
lágrimas. A maioria também prefere realizar o procedimento com uma incisão sob
o peito, colocando o implante “sob o músculo”. A pesquisa concluiu, ainda, que
a maioria dos cirurgiões ainda conta com pouca ou baixa tecnologia para avaliar
o dimensionamento dos implantes de silicone.
Além disso, a maioria dos cirurgiões plásticos não
utiliza rotineiramente o enxerto de gordura de outras partes do corpo
nas mamas como uma técnica primária ou suplementar. Embora esta técnica tenha
recebido maior atenção nos últimos anos, alguns cirurgiões expressam
preocupações sobre a segurança e a interferência no rastreio do câncer de mama.
Essa questão em especial apontou para uma tendência preocupante dos cirurgiões
em não adotar novas tecnologias. A pesquisa revelou ainda que a maioria dos
cirurgiões enfrenta as complicações mais comuns.
“Os resultados mostram um consenso geral sobre
muitos aspectos do aumento das mamas, incluindo a seleção do implante e das
técnicas de colocação. As descobertas também sugerem que os cirurgiões
plásticos tendem a ser conservadores em adotar as mais recentes técnicas,
particularmente, se eles constatam falta de provas em termos de segurança ou
eficácia”, analisa Ruben Penteado.
Além de ser um apanhado das tendências atuais e
um guia para os cirurgiões analisarem suas técnicas, a pesquisa dá aos
pacientes a possibilidade de escolher melhor entre os profissionais,
levando em conta, também, suas preferências. “A mamoplastia de aumento
é um procedimento ainda em evolução. Os cirurgiões procuram continuamente usar
técnicas comprovadas que proporcionam segurança e bons resultados para seus
pacientes”, finaliza o médico.

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