FONTE: *** Jairo Bouer (doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Garotas com
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) apresentam risco
maior, em relação às que não sofrem com o problema, de desenvolver outros
transtornos mentais que com frequência levam a situações como gravidez na
adolescência, abuso, baixo desempenho acadêmico e uso de drogas.
Psicólogos da
Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, avaliaram 18
estudos que envolviam, ao todo, quase 2.000 meninas de 8 a 13 anos, das quais
40% tinham recebido o diagnóstico de TDAH.
Quase 38% das garotas
com o transtorno também preenchiam os critérios para ansiedade, em comparação
com apenas 14% das participantes sem TDAH. Em relação ã depressão, as
proporções encontradas foram de 10,3%, contra 3% entre as meninas sem o
transtorno.
Entre as pacientes
com TDAH, 42% apresentavam o chamado transtorno desafiador opositivo,
caracterizado por raiva, hostilidade e recusa em obedecer regras. Já dentre as
que não tinham o diagnóstico de déficit de atenção, apenas 5% tinham esse
perfil. Desvios de conduta ou atos de violência também foram identificados em
13% das garotas com o diagnóstico, e em menos de 1% das outras.
Os dados foram
publicados na revista Pediatrics. Para os autores, os resultados mostram
o quanto é importante diagnosticar corretamente o TDAH, algo que não é tão
fácil entre as meninas, que costumam apresentar mais sintomas de desatenção do
que hiperatividade.
Os pesquisadores
também recomendam que pais de crianças com TDAH procurem valorizar sempre e
recompensar as atitudes positivas dos filhos, pois isso seria uma forma de
evitar comportamentos negativos no futuro, segundo os dados analisados no
estudo.
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