FONTE: EBC, TRIBUNA DA BAHIA.
Os dados estão no relatório Cenário da Infância e
Adolescência no Brasil.
Mariana,
5 anos, nortista, sem acesso à água potável, não vai para a creche e mora em
uma casa sem rede de esgoto.
Nessa reportagem ela é fictícia,
mas na realidade a brasileira é uma das milhares de crianças que compõem uma
triste estatística: aquela que mostra que 54% das crianças até 14 anos, da
Região Norte, vivem na pobreza.
O número supera a média nacional
que indica que cerca de 17 milhões de crianças vivem em domicílios de baixa
renda. Isso que equivale a 40% da população brasileira nessa faixa etária.
Os dados estão no relatório Cenário
da Infância e Adolescência no Brasil, divulgado pela Fundação Abrinq e feito
com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Para a administradora executiva da
fundação, Heloísa Oliveira, são vários os indicadores que medem a pobreza e que
vão além da distribuição de renda.
Heloísa Oliveira afirma que a
pobreza vai além da questão da renda. Acrescentou que outros fatores como
acesso à água, ao saneamento básico, educação e saúde, por exemplo, são
fundamentais para tirar uma pessoa da pobreza.
Há 16 anos atuando na Pastoral da
Criança, em Manaus, a voluntária Lúcia Soares disse que ao longo dos anos a
situação da infância melhorou.
Quanto a mortalidade infantil, por
exemplo, a taxa que anos atrás era de quase 19 mortes a cada 1.000 nascidos
vivos, baixou para 14. Ainda assim, dona Lúcia afirma que é preciso trabalhar
muito para dar dignidade às crianças.
“Pobreza não significa que a
criança não tenha dignidade. Dentro da sua pobreza ela pode ter uma
vida digna, através dos cuidados, através da atenção, da não violência”,
ressaltou Lúcia Soares.
Em âmbito federal, as políticas
voltadas para a defesa da criança e do adolescente são desenvolvidas pela
Secretaria de Direitos Humanos. A reportagem procurou o órgão para comentar o
assunto, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.
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